Canadenses reaquecem extração de petróleo em terra na Bahia

Foto: Divulgação

O petróleo e o gás da Bahia estão na mira dos canadenses. Direto de Calgary, no Canadá, surgiram os primeiros contatos para reaquecer o mercado de poços terrestres do estado que estava adormecido. Esses campos em terra (onshore) voltaram a atrair os olhares de investidores estrangeiros, após o anúncio dos leilões que vão gerar novas oportunidades de negócios, gerando emprego e renda.

Participar do maior evento do segmento, que aconteceu na última semana no Canadá, o Global Petroleum Show, que reuniu mais de mais de 50 mil profissionais de 90 países, deu à Bahia um destaque internacional. O Estado  foi o único do Brasil a apresentar suas oportunidades para negócios, como os campos de Buracica e Miranga, que devem ser leiloados ainda este ano pela Petrobras.

“Através do Projeto Topázio, a Petrobras transfere o direito dos campos de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás onshore e seus ativos relacionados para empresas privadas. Assim, os campos terrestres que não interessam as empresas gigantes geram novas oportunidades para empresas menores de explorar e produzir em pequena e média escala, mas não tão menos importante. É de interesse do governo que estes campos estejam em funcionamento para alavancar empregos e gerar desenvolvimento no seu entorno”, explica Paulo Guimarães, superintendente de promoção do investimento da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia.

De acordo com o engenheiro, Nicolás Honorato, diretor da Austral Consultoria, que reside no Canadá e possui empresas em Salvador, Bogotá e Vancouver, o mercado atual da Bahia vai ampliar gerando novas oportunidades, assim que a Petrobras começar a leiloar estes campos inativos que não interessam mais a ela. “De maneira geral vai aumentar a produção movimentando um mercado de petróleo independente. É aí que entram os canadenses com a sua expertise e voltam a olhar a Bahia como um local promissor para se investir”, disse.

O Canadá possui amplo conhecimento técnico, pois é um país que investe há anos neste setor. Ajudou ao México e a Colômbia a dar um salto e agora pode contribuir muito com o Brasil. Dados da Federação das Indústrias do Estado da Bahia apontam que a cada 23 mil barris diários adicionados à produção de petróleo, são gerados 32 mil empregos diretos e indiretos.

Representantes da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP) estão esperançosos com a perspectiva de resgatar o segmento. “Precisamos criar condições para este mercado se desenvolver incluindo a regulação do setor de uma maneira inteligente e simples”, explica Anabal Santos, secretário da ABPIP.

Intercâmbio Bahia Canadá

No próximo dia 11 de julho será promovido um seminário no Canadá em que as empresas brasileiras vão discutir aspectos técnicos sobre as oportunidades de petróleo e gás. “A SDE vai participar destas discussões, por vídeo conferência, para dar suporte a implantação destas empresas. O Ministro da Economia da província de Alberta, Deron Bilous, se comprometeu a ajudar neste intercâmbio”, afirma Jaques Wagner, secretário de Desenvolvimento Econômico.

Empresas que já exploram este segmento na Bahia aguardam ansiosas por parcerias com as empresas canadenses que possuem este know-how. A Santana, por exemplo, que explora o poço de Catu, já produz 100 barris por dia de petróleo e pretende importar uma técnica inédita no Brasil para estocagem subterrânea de gás.  “Assim teremos um gás mais flexível para ser consumido”, explica André Xavier, membro do conselho da Santana. “Temos muito que aprender com os canadenses que já investiram na Colômbia e possuem 40 empresas instaladas no país produzindo petróleo”, completa Xavier, que pretende ampliar os negócios da Santana na Bahia com as futuras parcerias que vão desembarcar no estado.

 

 

 

 

 

 

 

 

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