Campanha ‘Setembro Amarelo’: cuidado com a dor silenciosa que pode matar

Campanha 'Setembro Amarelo': cuidado com a dor silenciosa que pode matar
Campanha ‘Setembro Amarelo’: cuidado com a dor silenciosa que pode matar. Foto CVV

O mês de setembro é marcado pelo ‘Setembro Amarelo’, campanha de prevenção do suicídio. E atualmente, a mobilização do tema se faz necessária devido ao aumento destes casos em todo o país.

Segundo o psiquiatra Miguel Rezende, o suicídio já é considerado a quarta maior causa de morte no país. O trabalho de prevenção e ajuda aos que precisam são cada vez mais intensificados, principalmente, nesta época do ano.

Segundo o Centro de Valorização da Vida (CVV), a cada 45 minutos um brasileiro tira a própria vida, o que torna ainda mais alarmante o problema, pois tais números são superiores à taxa de mortalidade de muitos tipos de câncer.  O Centro aponta que em 2016 foram registrados 90 mil suicídios no Brasil.

Segundo matéria do Correio24h, na Bahia, a dor que não se fala mata uma pessoa por dia. Até 9 de novembro de 2017, o estado registrou, oficialmente, 373 suicídios – 23% dos casos foram cometidos por jovens entre 15 e 29, e 9% por idosos acima de 70 anos.

No Brasil, suicídio é a terceira causa de morte na juventude, atrás apenas de homicídios e acidentes de trânsito, de acordo com o Mapa da Violência (2014).

Ainda conforme o texto, os idosos representam as maiores taxas no país, com 8 suicídios para cada 100 mil habitantes. Entre 2002 e 2012, o Brasil passou de 4,4 para 5,3 suicidas por 100 mil habitantes, o que representa um crescimento de 20,3%. Em 2012, a Bahia tinha uma taxa de 3,4 suicídios por 100 mil habitantes, com um aumento de 92% no mesmo período.

Em 2016, foram computados no estado 412 suicídios de pessoas de distintas classes sociais, gêneros, escolaridades e profissões. A taxa foi de aproximadamente 2,7 suicidas por 100 mil habitantes, mas isso não significa que a luz amarela deva ser desligada.

Os números, inclusive, podem ser mais altos, pois nem todas as ocorrências são notificadas, o que é obrigatório no sistema de saúde brasileiro desde 2014. Além disso, alguns casos entram em outras estatísticas, como acidente de trânsito, por exemplo.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma das mais antigas ONGs do país que oferece auxílio no assunto, com oferta de apoio emocional e prevenção ao suicídio 24h por dia. São quase 3 mil voluntários que, anualmente, atendem milhões de pessoas e tudo é mantido em absoluto sigilo. O atendimento é oferecido pelo telefone 188 (todos os dias, 24h por dia) ou pelo www.cvv.org.br via chat, e-mail etc.

Além disso, é importante que amigos e parentes próximos tenham atenção para identificar os sinais de ideias suicidas. Conforme especialistas, quando isso acontece, é importante acolher a pessoa e estar disposto e preparado a ouvir sem julgamentos as intenções de tirar a própria vida. Elas aparecem direta ou indiretamente, por meio de frases como “se pudesse, eu dormia e não acordava”“minha vida não tem sentido”“eu sou um fardo” ou “morrer seria um alívio para mim”.

Com informações CVV

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