A campanha Agosto Lilás nasceu com o objetivo de alertar a população sobre a importância da prevenção e do enfrentamento à violência contra a mulher, incentivando as denúncias de agressão, que podem ser físicas, psicológicas, sexuais, morais e até patrimoniais.
Em Porto Seguro, a campanha trará atividades durante todo este mês, quando a Lei Maria da Penha completa 14 anos de existência. Mesmo após esse tempo, o tema da violência contra a mulher continua atual e assustador.
Estudos recentes apontaram que a situação de isolamento social, devido à pandemia de coronavírus (covid-19), tem potencializado os casos de violência contra as mulheres em todo o mundo. Diante desta nova realidade pandêmica, a campanha Agosto Lilás é mais uma forma de levar informação às mulheres, como forma de ajudá-las a romper o ciclo de violência e de trazer maior visibilidade sobre o assunto para toda a sociedade.
A coordenadora do Centro de Referência em Atendimento à Mulher (Cram), Andrea Comenale, aponta que há mulheres que não conseguem entender violência no ato de ofender e de humilhar que passam, por isso, a campanha efetiva da Prefeitura, intensificada com o Agosto Lilás “vem defender os direitos da mulher em situação de violência e conscientizar a vítima de que ela não é um objeto, bem como, sensibilizar a comunidade a ajudar a vítima com a denúncia“, pontua.
Agenda de atividades:
Devido às restrições de aglomerações para evitar o contágio com o coronavírus, a agenda de ações da campanha vai realizar as atividades inovadoras usando plataformas digitais, materiais publicitários e atividades junto à rede de proteção.
Entre as atividades estão lives com especialistas sobre o tema, abordando a Lei Maria da Penha, aspectos psicológicos e sociais, bem como participação com outros órgãos (a convite) em parceria para tratar desse problema tão atual em nosso país e município
Seguem as datas:
03/08/20- Live “Os desafios no combate à violência contra as mulheres”, a convite do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Eunapólis” as 19h (instagram do CMDM);
07/08 – Live CRAM : Conceituando o CRAM e a Violência Contra a Mulher;
11/08/20- Live: Violência contra a Mulher: A Pandemia que não cessa – a convite do CREAS de ITABELA as 12h;
11/08/20- Live “Proteção e Acolhimento de mulheres em situação de violência” a convite da Secretaria de Ação Social de Belmonte as 20h (pelo facebook de Itabela);
14/08/20- Live CRAM: Quem é o agressor? 10h pelo insta do CRAM de Porto Seguro;
21/08/20 – Dúvidas frequentes com relação a violência contra a mulher – live;
28/08/20- Lançamento do vídeo: Conversa com Eles (CRAM Porto Seguro).
O que toda mulher deveria saber:
A proteção pode ser solicitada em qualquer delegacia. Para isso, é preciso registrar um boletim de ocorrência e pedir a medida protetiva para a autoridade policial. Nesta etapa, o policial pode requisitar exame de corpo de delito e outros exames.
Feito o registro, a polícia deve enviar o pedido de proteção imediatamente a um juiz, que tem um prazo de 48 horas para atender a notificação. É o juiz quem vai ordenar como a medida deverá ser cumprida, salvo casos específicos. O descumprimento tem pena de três meses a dois anos de prisão.