“Recebendo um cálice, ele deu graças e disse: Tomem isto e partilhem uns com os outros.” (Lucas 22.17)
As Escrituras ensinam que todo ser humano é pecador. Isso significa que todos nós vivemos de uma maneira diferente daquela que Deus aprovaria. O resultado disso é dor, carência, injustiça, mentira e todo tipo de coisa que sempre irá consumir a vida, roubar a felicidade e destruir pessoas e recursos. O pecado é um tipo de muro que nos separa de Deus e nos impede de viver a alegria da comunhão com pessoas. Mas Deus nos amou e enviou Seu Filho, Jesus, a nós. Ele veio como um de nós: Jesus Cristo de Nazaré. Com endereço e família. Cidade natal e vizinhança. Tão comum, mas tão diferente!
Na noite em que ele transformou a Páscoa em Ceia, pegou o cálice de vinho e com gratidão o fez cálice da comunhão. Ele tinha autoridade para fazer isso, pois ali, entre os homens simples da galileia, estava o Filho de Deus. Ele veio reconciliar o mundo inteiro, perdoando pecados. O cálice da reconciliação estava sendo oferecido simbolicamente a todos! Inclusive a mim e a você! Não precisamos mais continuar vivendo sem a aprovação de Deus. Podemos nos submeter a Ele, receber de Sua graça e amadurecer para a vida. Podemos receber o cálice da comunhão e mais: podemos partilhá-lo.
Não somos ilhas! Tomas Merton escreveu que nenhum homem é uma ilha, nenhum homem vive independente de outros homens. Temos transferido nossa condição de pecadores uns para os outros e nossos pecados nos ferem uns aos outros. Mas Jesus veio trazer perdão e reconciliação e nos convida a sermos perdoadores e reconciliadores. Todos que recebem seu perdão, recebem o ministério da reconciliação (2 Co 5.18). A Ceia de Jesus começa a ser celebrada com a declaração de seu propósito: comunhão. Comunhão entre Deus e você e entre você e eu. O perdão de Deus sempre produz reconciliação entre os homens!