Quase que por unanimidade, a Câmara dos Deputados derrubou a PEC 37, que tiraria poderes de investigação do MP. Teria sido mais uma conquista das ruas? Teria sido um ato oportunista dos senhores deputados?
Convém aguardar um pouco para analisar, senhores faróis.
Germinal
Esse escriba cada vez mais se comove quando volta a ler GERMINAL, de Emile Zola. O livro é recomendável aos faróis e aos que estão nas ruas.
É importante saber o motivo pelo qual está se combatendo.
SAC teixeirense: e a segurança?
O SAC (Serviço de Assistência ao Cidadão) de Teixeira de Freitas, tem, em seu interior, uma agência do Banco do Brasil. Ao contrário do que deveria se esperar, por ser obrigação da agência, durante o horário de expediente não fica um mísero segurança ali. Os usuários e funcionários do SAC estão á mercê de qualquer bandido que se aventure em um assalto.
Até quando, senhores?
Lição das ruas
O que se está sendo obrigado a ler de cacetíssimos editoriais sobre as lições das ruas é uma festa.
Cada um mais chato que o outro.
Dos conceitos flutuantes
O Farol do Caixão acha que a varrição das ruas é mais importante que a limpeza. No dia em que a varrição estiver melhor que a limpeza, aí ele acha o contrário.
Como o Farol está quase apagado, sua importância analítica é mínima.
Fausto Wolff
Bom repórter, de texto firme e fluídico, Fausto Wolff escreve A Imprensa Livre de Fausto Wolff, de memórias. Livro bom, fácil de ler. Em um determinado momento, ele conta uma passagem deliciosa, que repetimos ao sabor da memória: “Trabalhávamos alguns na Manchete de Adolpho Bloch. Entre nós, o baixinho genial, grande escritor, editorialista e intelectual Raimundo Magalhães Júnior. Raimundo era sério, de poucas brincadeiras, mas gostava das amizades. Bloch sabia que Raimundo era seu melhor profissional e não mexia muito com ele. Só que Bloch, de vez em quando, tinha traços de autoritarismo. Um dia, resolveu que repórter algum podia sair da redação em horário de trabalho sem ser a serviço, sem que comunicasse a saída e o motivo dela. Para ser obedecido, colocou na portaria um grosso livro, onde as comunicações, datadas e assinadas, deveriam ser feitas. Raimundo soube da determinação e ficou quieto. No meio da tarde, resolveu sair. Na entrada, chegou-se ao livro e escreveu, assinando e datando: “Vou às putas”. E saiu.
Nada lhe foi dito ou perguntado e o livro acabou ali.