Cabrália: Chacina de tartarugas marinhas na área de proteção ambiental

Na manhã de sábado, 13, a equipe do PAT Ecosmar, durante o monitoramento diário no povoado de Mogiquiçaba (localizado na APA Santo Antônio, no município de Belmonte), encontrou de uma só vez, na mesma rede do tipo “caçoeira” (usualmente utilizada em alto mar), oito tartarugas marinhas, sendo seis delas já mortas. As duas ainda vivas foram reanimadas e soltas na hora.

No dia 11, no distrito do Guaiú (localizado na APA Santo Antônio, no município de Santa Cruz Cabrália), tinham sido encontrados os restos de quatro tartarugas marinhas, esquartejadas na praia. No dia 09/10, foram roubados os ovos do primeiro ninho de tartaruga marinha na praia do povoado e no dia 25/09, um filhote de baleia-jubarte, (que como foi detectado na necropsia apresentava extensos hematomas na cabeça), foi também esquartejado na praia.

No Guaiú não faltam alternativas para substituir a pesca predatória, pescadores e marisqueiras são beneficiados pelo projeto “Pescando com redes 3G”, patrocinado pela Qualcomm e que já tem capacidade para produzir cerca de 2.000 ostras por mês. Em breve, com recursos de uma compensação ambiental, será também construído um píer para os pescadores do povoado.

Ao longo de 12 anos de monitoramento nas praias e de atividades de educação ambiental, a ONG PAT Ecosmar tem registrado uma significativa diminuição desse tipo de crimes ambientais, mas parece que ainda tem quem persiste na pesca predatória dos quelônios marinhos (cujas espécies são ameaçadas de extinção), inclusive dentro de uma Unidade de Conservação (a Área de Proteção Ambiental de Santo Antônio).

Informe sobre os crimes serão enviados aos órgãos competentes pela fiscalização (Inema,Ibama, Cipa, PM, Caema e Sema) e ao Ministério Público.

 

Fonte: Pat Ecosmar

 

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