O consumo de TV em diferentes telas de dispositivos eletrônicos tornou-se uma realidade brasileira. Dados da quarta edição do Barômetro de Engajamento de Mídia, estudo global conduzido pela Motorola Mobility, revelam que o País hoje figura entre os três que mais assistem TV no mundo, com uma média de 20 horas, atrás apenas dos Estados Unidos (23 horas), o líder na categoria. Empatados em segundo lugar, estão Índia, China, Malásia e Turquia, com 22 horas cada um.
Segundo o estudo, os consumidores em todo o mundo assistem a uma média de 25 horas de programação de TV por semana. A visualização de filmes subiu de cinco para seis horas e o ato de assistir TV aumentou de dez horas em 2011 para 19 horas em 2012. Realizado anualmente pela empresa, a pesquisa analisa de perto as tendências novas e emergentes de conteúdo, tais como hábitos e comportamentos de gravação, que estão mudando drasticamente a forma como o público consome vídeo.
Nesta quarta edição, foram questionados 9,5 mil consumidores, de 17 mercados, incluindo Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Países Nórdicos, Rússia, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Argentina, México, Austrália, Malásia, Japão, Coreia, China e Índia.
No mundo, quase um terço (29%) do conteúdo visualizado na TV é gravado pelos consumidores. Em contrapartida, o mesmo percentual (29%) deixa o conteúdo esquecido, sem nunca assistí-lo depois. Outro ponto observado é que a sala de estar continua a ser o epicentro da experiência de conteúdo. O que mudou é que a visualização agora também pode ser feita com mobilidade por meio de diversos dispositivos (smartphones, tablets e notebooks), a chamada “casa de multitelas”.
Entre os cômodos mais utilizados para assistir a esse conteúdo, está o quarto. No Brasil, essa prática é feita em tablets por 69% dos entrevistados, enquanto 63% assistem a vídeos em smartphones. O país é um dos que têm o maior índice nesse quesito, perdendo apenas para o México (78% em tablets e 76% em smartphones), Coreia (70% em tablets e 69% em smartphones) e China (75% em tablets e 67% em smartphones).
De acordo com o Barômetro, a convergência multitelas já é adotada por 62% dos entrevistados no Brasil, que assistem conteúdo em tablets, smartphones ou desktops. O conteúdo mais acessado, por 43% dos brasileiros, são os filmes. Em segundo lugar, estão as notícias, com 36% dos entrevistados, seguidas pelas novelas, com 34%.
No Japão, conhecido por consumir tecnologia de ponta, o consumo em dispositivos de conteúdo em várias telas fica em 33%. Já outros países da América Latina, como Argentina e México, têm percentual próximos ao do Brasil: 58% e 60%, respectivamente.
Outro dado de destaque, na comparação de 2011 com 2012, o país aumentou o consumo médio de vídeos em tablets, smartphones e laptops fora de casa de 34% para 43%. O país está acima da média global de 2012, de 38%, à frente de países como os Estados Unidos, que diminuíram o interesse: de 31% (2011) para 28% (2012); e do Japão, que aumentou, de 20% em 2011 para 23% em 2012.
O estudo reforça a questão de que as redes sociais mudaram a experiência de ver televisão. O levantamento mostra que há um potencial para usar a mídia social para aprofundar ainda mais a interação entre os públicos, já que 78% estariam interessados em associar seu perfil de rede social a um serviço de TV para compartilhar o que estão assistindo e aumentar a discussão sobre a programação em tempo real.
Outra curiosidade é que a Argentina (34%), Brasil (33%), México (37%) e China (37%) estão os mais interessados em serviços de gerenciamento remoto da residência, como monitoramento de invasão, iluminação e aquecimento, por meio de smartphone, tablet, PC ou laptop.
Fonte: Adnews