Um artigo publicado no Journal of Pediatric Surgery Case Reports relata o caso de um bebê brasileiro que nasceu com uma cauda de 12 centímetros. A criança deu seu primeiro olá para o mundo em janeiro, no Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza (CE), e intrigou os médicos da unidade.
O bebê, que nasceu prematuro com 35 semanas, havia deixado a barriga da mãe com uma cauda composta por tecido conjuntivo e gordura. O paciente foi submetido a uma cirurgia para remoção da espécie de cauda humana.
No entanto, antes de realizar o procedimento, a equipe médica responsável precisou analisar uma série de exames para averiguar a segurança e riscos do procedimento. No primeiro momento, foi necessário checar se a cauda não se tratava de outras patologias, como medula espinhal ancorada ou disrafismo espinhal oculto.
Confirmou-se que não haveria prejuízo à criança com a remoção da cauda, possibilitando então a cirurgia. Os médicos acreditam que o corpo estranho se trata da persistência da cauda embrionária do feto, que se forma entre a 4ª e 6ª semana de gestação e desaparece ao final da 8ª semana.
Não é possível confirmar o que levou o corpo da criança a manter a cauda até o momento do nascimento. Em entrevista ao portal UOL, o cirurgião pediátrico Humberto Forte, ressaltou a importância do estudo, já que existem apenas 40 casos do tipo descrito em toda a literatura médica.
“Não podemos afirmar que é o primeiro caso ocorrido no Brasil, mas foi o primeiro caso publicado. A importância desse artigo para a ciência médica brasileira é trazer ao conhecimento de todos a patologia dessas crianças e mostrar nossa experiência e expertise no cuidado delas”, disse o médico.
O bebê que foi objeto de estudo passa bem e não terá nenhum problema pela remoção da cauda. A criança será acompanhada pela equipe médica semestralmente para assegurar sua saúde e bem estar.