Estudo indica que Auxílio Brasil representa pelo menos 10% do PIB local em 648 cidades

Bahia, Piauí e Maranhão são os estados com maior número de municípios em que os pagamentos representam mais de 10% do PIB

Estudo indica que Auxílio Brasil representa pelo menos 10% do PIB local em 648 cidades
Estudo indica que Auxílio Brasil representa pelo menos 10% do PIB local em 648 cidades: Foto Agência Brasil

Um levantamento realizado pelo economista Ecio Costa, professor titular da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em parceria com a P3 Inteligência, a partir de dados do Ministério da Cidadania e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que o Auxílio Brasil representa um acréscimo de pelo menos 10% na economia local em 648 municípios (11,6% do total), quase todos na região Nordeste. A informação foi divulgada nesta terça-feira (21) pela CNN Brasil.

Bahia (146), Piauí (124) e Maranhão (116) são os estados com maior número de cidades em que os valores pagos pelo governo federal entre janeiro e maio deste ano representam 10% ou mais do Produto Interno Bruto (PIB) municipal. O economista atualizou o último dado do IBGE disponível, referente a 2019, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2020 e 2021. Em relação ao PIB nacional, Costa estima que o Auxílio Brasil represente 1,04%, num total de R$ 87,7 bilhões já pagos aos beneficiários.

No agregado, Maranhão (4,69%), Piauí (4,39%) e Paraíba (3,84%) são os estados em que os pagamentos do Auxílio Brasil têm maior proporção em relação à economia local. Em 15 das 27 unidades da Federação, o programa representa pelo menos 1% do PIB estadual. “Oito dos dez estados mais beneficiados são do Nordeste, que é o principal público-alvo do programa. Depois vêm Norte, Sudeste, Centro-Oeste e por último a região Sul”, explica Costa.

Já em relação ao Auxílio Emergencial, disponibilizado no auge da pandemia do coronavírus, o estudo calculou o impacto das cinco parcelas de R$ 600 do programa temporário nas economias locais. Em 2020, foram 1.709 municípios com incremento de pelo menos 10% do PIB municipal pelo programa de transferência de renda – mais que o dobro, em comparação ao Auxílio Brasil.

Fonte: Bahia.ba

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