Brasil já registra 10 encalhes de baleia Jubarte este ano

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A temporada de reprodução das baleias no Brasil está recém começando e já foram registrados 10 encalhes de Baleia Jubarte na costa do Brasil este ano. Dois destes registros ocorreram em janeiro e fevereiro e provavelmente eram baleias da temporada 2015 que morreram antes de migrar para a área de alimentação. Pelo menos 04 baleias tinham marcas de terem se emalhado em equipamentos de pesca, o que pode ter levado estes animais à morte.

É importante examinar as baleias que morrem para descobrir a causa da morte e buscar soluções para estes problemas. O Projeto Baleia Jubarte, patrocinado pela Petrobras, realiza a coleta de dados e de amostras dos encalhes para posterior análise.

Segundo o médico veterinário Milton Marcondes, coordenador de pesquisa do Projeto Baleia Jubarte, “Os encalhes da espécie estão se tornando cada vez mais comuns, pois a população desta espécie vem crescendo rapidamente. Com mais baleias no litoral do Brasil, estão se tornando mais frequentes os casos de baleias mortas emalhadas em equipamentos de pesca ou atropeladas por navios”. Em 2015 o Projeto Baleia Jubarte realizou um levantamento aéreo do Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro e estimou uma população de 17.000 baleias jubarte na costa do Brasil.

 

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 “As jubartes saíram da lista de espécies ameaçadas de extinção, mas o desafio agora é aprender a conviver num mar cheio de baleias. Esta é uma situação que existia no século XIX. As pessoas que utilizam o mar atualmente (pescadores, velejadores, marinheiros) não têm experiência em conviver com milhares de baleias” informa Marcondes.

Em maio deste ano o Projeto Baleia Jubarte participou de um Workshop em Portsmouth, Estados Unidos, para discutir técnicas de prevenção aos emalhes, buscando assim trazer novas ideias para tentar reduzir a mortalidade das baleias em equipamentos de pesca.

 

Informações importantes sobre encalhes

 

Como ocorre: Um encalhe ocorre quando, por qualquer motivo, estes animais chegam muito próximo às praias ou arrebentação e não conseguem se libertar sozinhos, ou quando chegam já mortos.

Possíveis causas: Diversas são as causas para o encalhe de uma baleia ou golfinho. Entre elas, está a ocorrência de doenças, que podem ser agravadas pela poluição marinha ou pela presença de toxinas naturais; a fuga de predadores; emalhamento em artefatos de pesca (redes, espinhel, etc.) ou a colisão com embarcações (fatores diretamente relacionados à interação com atividades humanas); condições climáticas adversas (tempestades, furacões) e condições topográficas e oceanográficas tais como variações de maré; praias de relevo plano também podem ocasionar o encalhe; além de outros fatores de ordem comportamental.

 

 Encalhes de Jubartes: Cerca de 80 a 85% das baleias jubarte que encalham são carcaças, ou seja, animais que morreram no mar e foram carregadas pelas correntes e marés até a praia. Em apenas 15 a 20% dos casos o animal chega à praia com vida, podendo vir a morrer no local ou ser resgatado e devolvido ao mar.

O trabalho do Projeto Baleia Jubarte: O Projeto Baleia Jubarte atua nos encalhes desta espécie desde o fim da década de 1980 e conta com patrocínio da Petrobras desde 1996. Em 2000, passou a integrar a Rede de Encalhes de Mamíferos Aquáticos do Nordeste (REMANE), a primeira rede de encalhes criada no país. Hoje, o PBJ possui um banco de dados de encalhes desta espécie no Brasil, com mais de 660 registros destas ocorrências.

 

Como ajudar: O Programa de Resgate do Projeto Baleia Jubarte atua no litoral da Bahia e do Espírito Santo e conta com telefones de emergência, que recebem, inclusive, ligações a cobrar.

Caravelas: (73) 3297-1340* e (73) 98802-1874**

Praia do Forte: (71) 3676-1463*

WhatsApp (73) 98802-1874 [* Horário comercial (segunda a sexta) ** 24 horas]

 

 

 

 

 

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