O presidente Jair Bolsonaro voltou a cobrar neste domingo (23) uma maior abertura da economia para evitar o aumento do desemprego e disse que a OMS compartilha de sua visão de que saúde e economia têm de ser tratados simultaneamente durante a pandemia da covid-19.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, ele também citou o pagamento de cinco parcelas do auxílio emergencial como uma das medidas para combater os efeitos da crise econômica gerada pela pandemia de covid-19.
O presidente voltou a dizer que algumas autoridades destruíram empregos no Brasil e pediu a retomada, com cautela, da atividade econômica. “O momento é de abrir o comércio com responsabilidade, voltar à normalidade e resgatar os empregos”, disse em um vídeo publicado em sua página no Facebook.
“Em março deste ano, eu disse que tínhamos dois problemas graves pela frente: o vírus e o desemprego. E que ambos deveriam ser tratados simultaneamente e com a mesma responsabilidade”, acrescentou Bolsonaro.
“Cinco meses depois do meu pronunciamento, o senhor Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, afirma que saúde e economia são inseparáveis.”
A declaração do presidente se refere a uma entrevista dada por Adhanom na sexta-feira (21). “Não precisamos escolher entre vidas e bens. Ou entre saúde e economia. Essas são escolhas falsas. Pelo contrário. A pandemia é a prova de que saúde e economia são inseparáveis”, disse Adhanom na ocasião.
No vídeo, o presidente citou ainda, entre as medidas adotadas pelo governo federal, o Benefício Emergencial (Bem), programa que prevê a suspensão de contrato de trabalho ou a redução de jornada em troca da manutenção do emprego, e o pagamento de cinco parcelas de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães solteiras) do auxílio emergencial. “Esse valor pode não ser muito para quem o recebe, mas é muito para o Brasil, que gasta por mês R$ 50 bilhões. O momento é de abrir o comércio com responsabilidade, voltar à normalidade e resgatar os empregos”, concluiu.
O Brasil é o segundo país com mais casos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia, com 3,5 milhões de pessoas contaminadas e 114 mil mortes.
Informações: CNN Brasil e EBC