Bodes e ovelhas

“Quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anjos, assentar-se-á em seu trono na glória celestial. Todas as nações serão reunidas diante dele, e ele separará umas das outras como o pastor separa as ovelhas dos bodes.” (Mateus 25.31-32)

Bodes e ovelhas

Jesus veio e nos trouxe o Reino de Deus. João diz em seu evangelho que Ele veio a nós cheio de graça e de verdade (Jo 1.14). Pela graça somos aceitos por Deus como somos. Com nossas limitações, imperfeições, vícios, enfim, com nossos pecados. Somos amados e aceitos como estamos. Ele nos perdoa e recebe como filhos amados e constrói uma comunhão verdadeira conosco. Ele nos faz seus amigos. Mas também há a verdade que Jesus nos trouxe. A verdade nos confronta, expõe nossos enganos e hipocrisias. Desafia-nos a mudar, a abandonar atitudes e costumes contrários ao Reino de Deus. Desafia-nos a obedecer, a nos submetermos a Deus.

São dois aspectos complementares: somos aceitos sem mudanças e somos desafiados a realizar mudanças. E se de fato nos entregamos para ser aceitos, nós mesmos concordaremos com as mudanças que precisamos, embora nos sintamos presos e até gostemos de atitudes e costumes que precisem ser mudadas. Acabamos compreendendo que essas mudanças representam melhorias em nossa vida, um aperfeiçoamento de quem somos. Algumas se estabelecerão e outras serão continuamente um campo de luta para nós. Mas o fato é que a graça e a verdade estarão atuando em nossas vidas, levando-nos à paz de pertencer a Deus e à luta para viver uma nova vida.

Que cristianismo é nosso? A graça e a verdade estão atuando em nossa vida? Cada um de nós só pode responder por si mesmo e somente Deus conhece o coração de todos. Sempre corremos o risco de errar ao tentar julgar o outro. Por enquanto todos somos beneficiados pelo foro íntimo e pelo “in dubio pro reo”. Todos podemos dizer “sim, sou um cristão”, sendo ou não. Mas as Escrituras afirmam que um dia Jesus, que nos trouxe a graça e a verdade, julgará cada pessoa. Ele que vê o íntimo e conhece o coração, que não comete enganos, separará “bodes e ovelhas”. Não precisamos nos surpreender e não devemos nos enganar. Podemos escolher agora de que lado queremos estar.

 

 

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