A projeção da Fecomércio-BA é que a movimentação no mês de novembro gire em torno de R$ 7,2 bilhões, o que representa alta anual de 4,3%. Segundo a entidade, o mês de novembro deve ser, em média, positivo para os setores envolvidos na segunda data mais importante para o varejo no segundo semestre.
“A Entidade sempre reforça que não necessariamente são compras para o evento, até porque, tecnicamente, não é possível fazer essa distinção da compra habitual ou para outra finalidade. No entanto, da mesma forma como o Natal, a Black Friday tem forte relevância para o total das vendas no mês. Desta forma, se a projeção para o mês é favorável, a tendência é que a data comemorativa também siga na mesma linha”, salienta o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.
A maior variação estimada é do setor de Vestuário, Tecidos e Calçados, de 7,6%, seguido de Farmácias e Perfumarias, de 7,5%. Os supermercados também seguem na tendência positiva e devem crescer 5,4% na comparação com novembro do ano passado.
“Cada vez mais esse setor vem promovendo a Black Friday como importante estímulo ao consumo e o momento é propício por conta da queda natural dos preços médios dos alimentos que vem ocorrendo nos últimos meses na região”, comenta Dietze.
No levantamento não foram considerados alguns segmentos por não haver uma relação direta com o evento, com o de Concessionárias de Veículos, Materiais de Construção e o grupo Outras Atividades.
Outro ponto importante da estimativa da Fecomércio-BA é que se trata exclusivamente do varejo físico. Setores como o de Eletrodomésticos e Eletrônicos têm forte demanda do mercado online, o que acaba sendo um grande competidor nos estabelecimentos no estado. Tanto que a projeção para o mês, para esse segmento, é de queda de -6,3%.
De qualquer forma, vale ressaltar que os preços de produtos eletrônicos já estão mais em conta em relação a 2022. De acordo com dados do IPCA-15, o televisor apresenta queda de 15,76% e os computadores pessoais com recuo de 12,06%. “Talvez pelos preços médios estarem mais em conta, o desconto final neste ano não seja tão agressivo no segmento. Na verdade, depende também do estoque remanescente e dos modelos vendidos”, pontua o consultor econômico, Guilherme Dietze.
Por fim, as lojas de Móveis e Decoração devem apresentar recuo de 6,6%. A taxa de juros elevada prejudicou o mercado imobiliário e, por consequência, impacta toda uma cadeia, reduzindo a demanda.
Fonte: Bahia.ba