Luís XIV, o Rei-Sol, tomava banho só de vez em quando; em sua época, acreditava-se que a água atravessava a pele e amolecia o corpo, causando doenças. Antes de 1850 os franceses, criadores dos mais célebres perfumes, não tomavam mais que um banho, em média, por ano. Mas, então, Pasteur populariza a ideia do micróbio e da doença transmissível, e a burguesia consagra a higiene como um dos elementos da ordem e da moral.
O banho estava definitivamente instituído, e o banheiro se transformou em símbolo de “status”, como o demonstram os anúncios de apartamentos com banheiras de hidromassagem. Quando eu era garoto não gostava de tomar banho, gostava de banho de mar, de piscina, de rio, mas entrar naquele lúgubre reduto banheiro, não queria ser encerrado no “box”, de cujo chuveiro jorra o jato impiedoso.
Hoje o banho não pode ser muito demorado, água é um recurso natural essencial para a manutenção da natureza, responsável por manter a umidade do ar, abastecer lençóis freáticos e conservar a vida de plantas por todo o mundo, também desempenha importante função na atividade da agricultura, nas indústrias, na geração de energia e está acabando.