Os bancários da base do Sindicato da Bahia realizam paralisação com retardamento da abertura das agências até 12h, nesta sexta-feira (11/11), Dia Nacional de Greve e Paralisação, contra os ataques aos direitos trabalhistas e sociais, feito pelo governo ilegítimo de Michel Temer, em especial a PEC 55, antiga 241.
A decisão foi tomada em assembleia, na segunda-feira (07/11), no auditório do Sindicato. Preocupada com a situação e ciente da gravidade da PEC 55, a entidade realizou debate sobre a Proposta de Emenda à Constituição, com explanação da supervisora técnica do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Ana Georgina Dias.
Para a economista, a PEC, que só atinge despesas primárias e congela por 20 anos os investimentos públicos, valida o plano de austeridade no país a longo prazo e significa ter menos recursos para dividir com uma quantidade menor de pessoas, já que o número de habitantes do país vai crescer, assim como a população envelhecida, que demanda mais da Previdência Social. Os trabalhadores terão menor poder de compra e vão procurar mais os serviços básicos, como saúde e educação.
O ajuste fiscal, vendido pelo governo como solução para as contas públicas, tem sido feito apenas do lado do trabalho e não do capital. Ana Georgina Dias ressalta que, ao invés de penalizar os trabalhadores, é necessário rever a tributação, como a taxação das grandes fortunas e maior fiscalização da sonegação.
O presidente do SBBA, Augusto Vasconcelos, considera a PEC extremamente danosa e o enfrentamento é essencial. “Precisamos desconstruir o discurso que tem sido feito de que é preciso fazer o ajuste para acabar com a dívida púbica”.
Para Vasconcelos, a proposta pode gerar recessão econômica, com possibilidade do endividamento público aumentar.
Fonte: bancariosbahia