Elas estão desaparecendo, é preciso que se diga. Você não encontra mais facilmente uma banca de jornais, como antes encontrava. No Centro, talvez, e em algumas outras partes da cidade em que as pessoas circulam a pé.
No mais, são cada vez mais escassas. Lembro da barraca de Joel que era deficiente e lá comprava na infância, figurinhas dos álbuns, revistas em quadrinhos.
Uma banca de revistas, significa para mim, que naquele lugar um homem exerce seu ofício na rua sem medo, significa que as pessoas se detêm para conferir as manchetes do dia ou se já chegou a revista preferida.
Elas param e conversam sobre o tempo com o dono da banca, que esta sentado em um branquinho, lendo um gibi, e então colhem uma revista colorida da prateleira e a folheiam e podem comentar acerca de uma reportagem ou de uma foto.
“O sol nas bancas de revista me enche de alegria e preguiça, cantava Caetano Veloso, e eu o compreendo. Uma banca de revista numa tarde de sol de dezembro é a própria civilização, é um indício de que o mundo pode ser simples e bom.
*João é natural de Salvador, onde reside. Engenheiro civil e de segurança do trabalho, é perito da Justiça do Trabalho e Federal. Neste espaço, nos apresenta o mundo sob sua ótica. Acompanhe semanalmente no site www.osollo.com.br.