Sob o tema Responsabilidade Compartilhada, a III Conferência Nacional de Defesa Agropecuária será lançada na Bahia, na próxima terça-feira, 5 de julho. A solenidade acontece no auditório da Secretaria de Agricultura (Seagri), em Salvador, às 9 horas, reunindo fiscais agropecuários, pesquisadores, empresários do agronegócio, produtores rurais, agroindustriais, exportadores e importadores, extensionistas, representantes de entidades de classe e de órgãos de fomento à pesquisa. A defesa agropecuária não pode ser tratada como responsabilidade apenas dos órgãos de defesa. Essa responsabilidade precisa ser compartilhada. Todos os eixos têm que estar alinhados e mobilizados: sociedade civil, sistemas de ensino e de pesquisa e órgãos de defesa, afirma o diretor geral da ADAB, Paulo Emílio Torres.
Jucimara Rodrigues, diretora geral da Seagri e presidente da comissão organizadora da Conferência, ressalta que o objetivo do evento é promover o debate sobre a defesa agropecuária brasileira, sem perder de vista os aspectos da sustentabilidade, da justiça social e da necessidade de cumprimento dos aspectos legais.
Já estão confirmadas no lançamento as presenças do secretário substituto da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Ênio Marques, do chefe de gabinete do governo do Estado, Edmon Lucas, representando o governador Jaques Wagner, do secretário estadual de Agricultura, Eduardo Salles, da diretora geral da Seagri e presidente da comissão organizadora da Conferência, Jucimara Rodrigues, do diretor geral da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Paulo Emílio Torres, e do presidente da Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA), Evaldo Vilela.
Na avaliação do presidente da Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA), Evaldo Vilela, como o Brasil possui um sistema complexo de defesa agropecuária, é crucial que haja uma divisão de responsabilidades muito clara para que o sistema funcione com todo o seu potencial.
Temos um dos agronegócios mais diversificados e pujantes do mundo, uma das melhores estruturas para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para agricultura e pecuária do mundo. Temos universidades que oferecem cursos reconhecidos internacionalmente em nível de graduação e pós-graduação. Temos um setor privado atuante e pronto a responder a requisitos de mercados locais e internacionais. O que falta? Integração desses atores. Coordenação de esforços. Falta a pesquisa desenvolver tecnologias alinhadas às demandas dos órgãos regulatórios e do setor privado. Falta a academia formar profissionais sintonizados à realidade do nosso agronegócio. Falta conscientizar o cidadão que ele também faz parte do sistema de defesa agropecuária, ou seja, educação sanitária, salienta Vilela.
Seria importante promover uma mudança de comportamento. Nós temos sido muito reativos a situações de emergência quando, idealmente, deveríamos ter uma postura pró-ativa, estratégica, na qual os perigos sejam identificados e mapeados, completa a secretária da SBDA, Regina Sugayama.
Durante a III Conferência, em 2012, serão debatidos assuntos como vigilância ativa no período da Copa das Confederações e da Copa do Mundo de Futebol, o papel da vigilância agropecuária frente aos riscos de ingresso de pragas associado aos eventos esportivos, a eficiência na fiscalização em portos, aeroportos e fronteiras, a segurança de alimentos, a rastreabilidade animal e vegetal, a saúde pública (Serviço Unificado de Atenção à Saúde Agropecuária SUASA como SUS), o acesso a mercados, gestão e educação na Defesa Agropecuária, dentre outros.
Fonte: Ascom da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri)