Bahia é destaque nos leilões de fontes alternativas de energia elétrica da CCEE

Bahia é destaque nos leilões de fontes alternativas de energia elétrica da CCEEBahia – A Bahia foi o grande destaque no 2° Leilão de Fontes Alternativas e no 3° Leilão de Energia de Reserva – Fase 3, realizados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), com um total de 16 usinas eólicas contratadas. As usinas são relativas aos seguintes empreendedores: Brennand Energia, Chesf, Iberdrola, Renova Energia, Consórcio Pedra do Reino e SoWiTec do Brasil. Estes empreendimentos visam à instalação de parques eólicos nos municípios de Casa Nova, Juazeiro, Sobradinho, Morro do Chapéu, Igaporã, Guanambi e Pindaí e devem estar preparados para a operação a partir de 2013. Os leilões aconteceram nos dias 25 e 26 de agosto.

Com a boa performance, a Bahia subiu um posto no ranking dos estados contratados nos leilões, comparado ao último certame, alcançando a segunda colocação. O resultado consolidado (referente às duas modalidades) aponta empreendimentos que totalizam 587,4 MW em capacidade instalada. Assim, a Bahia perdeu apenas para o Rio Grande do Norte, que será responsável por 1064,6MW da capacidade leiloada. O Ceará, pioneiro na utilização desse tipo de energia no Brasil, decresceu substancialmente e aprovou apenas 150 MW em projetos.

Bahia é único estado expositor no Brazil Windpower 2010 – Os resultados alcançados refletem o esforço do Governo Estadual na divulgação da Bahia para o empresariado, ressaltando a capacidade eólica, os bons ventos, que possibilitam a instalação de empreendimentos de sucesso. É com esse intuito que a Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração, capitaneada por James Correia, participa do Brazil Windpower 2010, o maior evento do setor para a América Latina, que está sendo realizado pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), pelo Conselho Mundial de Energia Eólica (GWEC) e o Grupo Canal Energia, no Rio de Janeiro, de hoje (31/08) a quinta-feira (02/09), no Centro de Convenções Sulamérica. A Bahia é o único estado expositor no evento, que congrega as maiores empresas mundiais da área.

A presença do Estado no evento dá a certeza para os empreendedores do papel fundamental que a questão da energia eólica exerce para o desenvolvimento da Bahia, tanto como insumo energético, como para a criação de uma cadeia produtiva local, aliada a todos os benefícios de geração de emprego e renda, que permita tornar os empreendimentos baianos ainda mais competitivos. Basta ressaltar que, especialmente, no leilão de energia de reserva dos 10 projetos com o menor custo de geração, os nove primeiros são baianos. Isto é o começo de uma revolução na nossa matriz energética, informa o especialista, professor de Fontes Renováveis de Energia da UNIFACS e Assessor Especial da Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração, Rafael Valverde.

Resultados dos dois leilões da CCEE: Foram contemplados empreendimentos negociados nos estados da Bahia (587,4 MW), Ceará (150 MW), Goiás (191 MW), Minas Gerais (21 MW), Mato Grosso do Sul (126 MW), Mato Grosso (20,6 MW), Paraná (19 MW), Rio Grande do Norte (1.064,6 MW), Rio Grande do Sul (245,8 MW), Santa Catarina (29,9 MW), São Paulo (356,9 MW), Tocantins (80 MW). Este total inclui os projetos aprovados pelas fontes biomassa e de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).

Vale registrar o aumento da contratação dos empreendimentos eólicos em relação ao último leilão em cerca de 10%, com um resultado de 2047,8 MW. Os 89 projetos contratados (70 centrais eólicas, 12 termelétricas à biomassa e 7 PCHs) receberão investimentos de aproximadamente R$ 9,7 bilhões.

“Nota-se um interesse cada vez maior dos empreendedores pela exploração da energia eólica. E, desta vez, a Bahia conquistou um resultado incontestável no cenário nacional, confirmando a tendência já percebida no último leilão para o setor, realizado em 2009, quando o nosso Estado causou surpresa ficando na terceira posição em capacidade instalada em energia eólica”, ressalta Rafael Valverde.

De acordo com o especialista, as empresas estão apostando em energia eólica em função de uma série de fatores, entre eles pesa bastante a forte pressão mundial pela geração de energia limpa, proveniente de fontes renováveis. “Está caindo por terra, o conceito de que esse tipo de indústria é cara. Para se ter uma idéia, historicamente o preço mais alto em leilões de energia era relativo à energia eólica. Há poucos anos, a oferta girava em torno de R$240 por megawattshora (MWh), passando para um preço médio de R$122,69 MWh, na modalidade energia de reserva nesse último leilão. O preço alcançado especialmente pela fonte eólica nos dois certames deverá promover uma revolução no setor. Ela foi vendida mais barata que as usinas à biomassa e pequenas centrais hidrelétricas”, explica Rafael Valverde.

Empresas do setor de Energia Eólica em implantação no Estado: Hoje a Bahia tem protocolos assinados com 11 empresas ligadas ao setor eólico. Uma delas é a Alstom, fábrica de aerogeradores que está investindo R$ 50 milhões na unidade industrial de Camaçari e projeta faturamento anual de até R$ 1 bilhão, considerando a capacidade máxima.

As outras 10 empresas vão implantar parques eólicos no Estado e utilizar a força dos ventos para produzir energia. Três destas empresas já possuem parques em implantação, são elas: Renova Energia, que está investindo mais de R$ 2,3 bilhões na implantação de 27 usinas; Desenvix, que investe R$ 400 milhões na instalação de três usinas em Brotas de Macaúbas e a Eólica Energia, que investe R$150 milhões em uma usina no Norte do estado, região de Sobradinho.

Quanto à geração de emprego, segundo dados do setor de energia, cada usina emprega de 10 a 15 funcionários em seus parques eólicos quando entram em operação, porém cada uma movimenta de 300 a 400 pessoas durante a etapa de implantação dos empreendimentos. Há ainda empregados contratados para a sede administrativa das empresas e os empregos indiretos gerados. No caso da Bahia, como os empreendimentos serão fixados no interior do Estado, é grande a expectativa quanto à contribuição dessa indústria para o desenvolvimento regional.

Fonte: Ascom da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração

 

 

 

 

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