A Bahia está entre os oito estados do país que ainda não conseguiram atingir a meta de vacinação contra a gripe, aponta um balanço do Ministério da Saúde. Conforme o órgão, até a segunda-feira (24), 86% do público-alvo havia se vacinado — meta é imunizar 90%.
Os estados do Acre (86,7%), Rio de Janeiro (86,9%), São Paulo (84,7%), Paraná (86,9%), Santa Catarina (86,8%), Rio Grande do Sul (86,5%) e Mato Grosso do Sul (89,8%) também não tinham atingido a meta.
Dezoito estados e o Distrito Federal, entretanto, conseguiram vacinar 90% do público-alvo. Ou seja, mais de 53,5 milhões de pessoas dos grupos prioritários buscaram os postos de saúde.
O estado brasileiro com a maior cobertura vacinal contra a gripe é o Amapá, com 100%. Em segundo lugar está Rondônia, com 97%, e Espírito Santo, com 96%.
Também receberam a dose contra a gripe outras 5,6 milhões de pessoas que não fazem parte do público-alvo da campanha em todo o país. No total, o Ministério da Saúde distribuiu 59,5 milhões de doses no Brasil.
Os grupos prioritários tiveram entre os dias 10 de abril e 31 de maio para se vacinar com exclusividade. Depois, a campanha de vacinação foi aberta para o público geral.
Desde o dia 03 de junho, o Ministério da Saúde recomendou aos estados e municípios a estenderem a vacinação para toda a população até quando durarem os estoques da vacina nos postos de saúde. A medida, segundo o órgão, tem como objetivo evitar o desperdício de doses nas localidades que não alcançaram a meta de imunização no público-alvo.
Em Salvador, o estoque de vacina contra a gripe que estava disponível nos postos esgotou no dia 5 de junho. A cidade teve dois Dias D de vacinação para incentivar as pessoas a se imunizarem contra a gripe.
A Sesab confirmou, na manhã desta quarta-feira (26), por meio de nota, que a cobertura vacinal informada até o momento é de 86,81%, mas diz que os municípios baianos ainda estão alimentando o sistema e que, portanto, a Bahia ainda pode chegar aos 90% de cobertura.
Grupos
O balanço do Ministério da Saúde aponta que nem todos os grupos conseguiram alcançar, até a segunda, os 90% de cobertura no Brasil: crianças (82,8%), gestantes (81,8%), pessoas com comorbidades (86,3%), profissionais das forças de segurança e salvamento (48,5%) e população privada de liberdade (74,8%) ficaram com a vacinação abaixo do ideal.
Isso significa que mais de 2,6 milhões de crianças e 3,8 milhões de gestantes ainda não se vacinaram.
Os grupos que atingiram a meta foram os trabalhadores de saúde (90%), puérperas (103,4%), indígenas (95,2%), idosos (98,2%), professores (104,4%) e funcionários do sistema prisional (124,2%). Na avaliação dos estados, oito não conseguiram atingir os 90% de cobertura no público geral: Acre (86,7%), Bahia (86%), Rio de Janeiro (86,9%), São Paulo (84,7%), Paraná (86,9%), Santa Catarina (86,8%), Rio Grande do Sul (86,5%) e Mato Grosso do Sul (89,8%).
Mortes por influenza
A Bahia registrou, este ano, nove mortes em decorrência do vírus Influenza. Todas elas em Salvador. O primeiro registro de vítima foi um garoto de 10 anos, em abril. Além dele, um garoto de 3 anos também morreu no começo deste mês. Os dois estavam com o tipo H1N1.
Ainda neste mês, um homem de 55 anos também morreu pelo mesmo tipo da gripe. Três idosas, com idades de 73, 81 e 97 anos morreram em decorrência do tipo H3N2.
As mortes de um idoso de 62 anos e um bebê de 5 meses foram confirmadas no dia 18 de maio. Outro óbito foi de um idoso de 69 anos, também vítima de H1N1. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), das 9 vítimas, 8 faziam parte do público-alvo da campanha e não tinham se vacinado.
Vacina
A vacina não é capaz de causar a gripe em quem recebe. Ela permite que o paciente fique imune aos tipos de vírus mais comuns em circulação sem ficar doente.
A versão produzida para 2019 protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da Organização Mundial da Saúde (OMS): H1N1, H3N2 e linhagem B/Victoria/2/87.
Doença
Segundo a SMS, os sintomas da gripe incluem início súbito de febre, dor de cabeça, dores musculares, e nas articulações, mal-estar, dor de garganta e coriza. A tosse pode durar duas ou mais semanas, a febre, em geral, dura de três a cinco dias.
A secretaria orienta que, ao perceber esses sinais o paciente procure atendimento médico, principalmente se apresentar dificuldade respiratória.
Confira algumas medidas de prevenção contra a gripe:
- Lavagem das mãos várias vezes ao dia, principalmente antes de consumir algum alimento;
- Evitar tocar a face com as mãos e proteger a tosse e o espirro com lenço descartável;
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza;
- Evitar sair de casa em período de transmissão da doença;
- Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
- Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
Fonte: G1