A Azul suspendeu a venda de passagens de voos de e para Teixeira de Freitas, na Bahia, a partir de março de 2022. O motivo é a falta de infraestrutura no aeroporto que não conta com dois importantes instrumentos de auxílio à navegação aérea, que não comprometem a segurança do voo mas impactam a operação em caso de mau tempo: o IFR-IMC – procedimento que permite a operação dos voos mesmo em condições meteorológicas adversas – e o PAPI – sistema de luzes que provê auxílio visual da cabeceira da pista do aeroporto.
Com a ausência desses instrumentos, a Azul sofre com a regularidade de seus voos, se vendo obrigada a alternar ou cancelar operações em Teixeira de Freitas todas as vezes em que condições meteorológicas adversas são registradas na cidade.
A decisão de suspender a venda de voos a partir do ano que vem é uma maneira de a empresa solicitar as autoridades locais e à administração aeroportuária a adequação e certificação do aeroporto junto à Anac, possibilitando a manutenção das operações na cidade.
“Segurança é o primeiro e inegociável valor na Azul. Isso significa que atuamos dentro de um rigoroso padrão de segurança operacional e que enfrentamos muitas dificuldades todas as vezes em que há condições meteorológicas degradantes em um aeroporto que não conta com a infraestrutura adequada. Esse é o caso de Teixeira de Freitas, onde a regularidade de nossos voos vem sendo comprometida. Não são raras as vezes em que precisamos cancelar ou alternar um avião, gerando altos custos para a empresa e para o próprio Cliente. Por isso tomamos a decisão de suspender as vendas até que essas melhorias e certificações aconteçam, o que permitirá, inclusive, que possamos melhorar nossa performance e até operar com aeronaves maiores, como Embraer”, destaca Vitor Silva, gerente de planejamento de malha da Azul.