Segundo Rosário, o governo vai publicar informações de todos os cadastrados no auxílio em até 15 dias. “Para que o cidadão possa ele mesmo fiscalizar esses cerca de 53 milhões de pessoas que estão cadastradas com o recebimento do auxílio emergencial”, afirmou.
De acordo com o ministro, entre os cadastros que despertaram a atenção da CGU, estão os de:
- 74 mil sócios de empresas que têm empregados cadastrados no programa;
- proprietários de veículos com valor acima de R$ 60 mil;
- 86 mil pessoas físicas que doaram mais de R$ 10 mil a campanhas eleitorais nas últimas eleições;
- pessoas com domicílio fiscal no exterior;
- proprietários de embarcações;
- presidiários.
Todas essas pessoas receberam, de fato, o dinheiro – ou seja, tiveram os cadastros aprovados. Segundo o governo, não necessariamente todos os casos serão classificados como irregulares após a checagem.
“Um trabalho que está sendo desenvolvido de forma mais contundente é a fiscalização dos recursos do auxílio emergencial. Nós estamos fazendo várias trilhas de verificação”, disse o ministro.
Segundo Rosário, o número de possíveis fraudes é “muito maior” do que os 160 mil anunciados nesta terça-feira. Ele explicou, contudo, que o órgão ainda está elaborando o levantamento.
Ao todo, mais de 54 milhões de cadastros foram feitos no programa de auxílio emergencial.
Dentre os vários critérios para recebimento, os beneficiários devem cumprir todos os requisitos abaixo:
- ter mais de 18 anos de idade e CPF ativo;
- ter renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa (R$ 522,50);
- ter renda mensal até 3 salários mínimos (R$ 3.135) por família;
A mulher que for mãe e chefe de família (ainda que seja menor de idade), e que esteja dentro dos demais critérios, poderá receber R$ 1,2 mil (duas cotas) por mês.