Autógrafo

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Lancei um livro, com uma tarde de autógrafo na Escariz do Shopping Barra, lançarei outro até início de abril. Esta forma de lançamento já está em declínio na Europa, mas a moda não passou no Brasil, tanto é que cada vez mais esse tipo de contato do autor com o público acontece em festas e encontros literários, não necessariamente em livrarias.

Mas mesmo a mais concorrida sessão de autógrafo não serve como termômetro para que se diga se uma obra vai vender bem ou não. Há mistérios insondáveis na relação entre lançamento e venda do livro. Por exemplo, soube de um caso no meio literário de um autor carioca que há muitos anos lançou um livro sobre florestas. Lançou, mas não autografou, porque simplesmente não apareceu ninguém na sessão de autógrafos! Ele se deslocou do Rio para São Paulo com a mulher e a filha e ficou esperando que surgisse um mísero leitor.

Mas o livro foi sucesso de vendas. Li a biografia de Ivo Pitanguy que escreveu sua decepção com a sessão de autógrafo, não apareceu ninguém, talvez acredito, como foi lançamento há mais de trinta anos, as pessoas ainda tinham pudor em admitir publicamente que haviam feito plástica. Ainda que fosse com o bisturi mágico do Dr. Pitanguy. Nos lançamentos, permanecemos na incerteza, como tudo na vida.

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