Aumento de mosquitos preocupa teixeirenses e população cobra carro “fumacê”

 

Aumento de mosquitos preocupa teixeirenses e população cobra carro "fumacê"
O fim de tarde pode ser um problema em muitos bairros de Teixeira de Freitas. Foto: Maurício Jesus Fotografia

Final da tarde chega em Teixeira de Freitas. Começa a rotina de moradores do Liberdade Sul, Redenção, Nova Teixeira, Eixo Sul, Universitário, Colina Verde, São Lourenço e tantos outros bairros cujos moradores relataram à nossa Redação o mesmo problema: aumento expressivo do número de pernilongos e mosquitos da dengue.

O motivo do problema? Para a população, a ausência do carro do “fumacê”.

Nós fomos até a Prefeitura de Teixeira de Freitas, que, por sua vez, afirmou não ser competência da Administração Municipal direcionar, tampouco, determinar a necessidade do fumacê nos bairros para o controle destes insetos.

Conforme a Prefeitura, a responsabilidade é do Governo do Estado. Ele que, com base em informações repassadas pelo município, entende que há demanda justificável para a liberação dos insumos e uso do veículo.

Aumento de mosquitos preocupa teixeirenses e população cobra carro "fumacê"
Ação realizada em 2020 pelo setor de endemias. Foto: Arquivo/Ascom

Problema recorrente

O problema é recorrente. Em maio do ano passado, moradores do município relataram para nosso jornalismo a preocupação com o aumento de mosquitos, durante dia e noite, em diversos bairros.

De acordo com boletim epidemiológico emitido pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) em julho de 2020, três óbitos foram confirmados por dengue no estado entre janeiro e a metade daquele mês. Teixeira foi uma das duas cidades do estado com óbitos confirmados pela doença. A administração daquele ano disse que havia solicitado em caráter de urgência o fumacê ao Estado.

Aumento de mosquitos preocupa teixeirenses e população cobra carro "fumacê"
Foto: Divulgação/SESAB

Prevenção

O combate aos mosquitos é dever de todos. Cada cidadão tem papel importante nas ações para evitar a proliferação do mosquito já que grande parte dos criadouros continua sendo encontrada dentro das casas, como vasos e pratos, frascos com plantas, bebedouros de animais, entre outros. A principal missão da população é atuar em conjunto para eliminar possíveis focos como lixo, caixas d’água e qualquer outro local que possa ter acúmulo de água.

Segundo a Sesab, não se faz uso indiscriminado do carro fumacê por conta do risco ao meio ambiente. É necessário entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde e relatar a situação para solicitar uma visita da equipe da Vigilância Epidemiológica ao local.

O carro fumacê pulveriza inseticida para matar e inibir a proliferação do mosquito, que é influenciada diretamente pelas condições meteorológicas. Fatores como chuva (quantidade de dias e volume), umidade e temperatura ditam o aumento ou diminuição da população desses insetos na região.

A utilização  do carro fumacê somente é indicada onde existe alto índice de infestação do Aedes aegypti  e casos notificados das doenças, uma situação já alarmante, como em 2020, com um óbito confirmado e notificações de arboviroses.

OSollo entrou em contato com a Comunicação da Prefeitura e perguntou sobre o carro fumacê a fim de esclarecer à população. Veja a resposta do Município:
O carro fumacê é enviado para os municípios pelo Governo do Estado quando existem indicadores suficientes para tal. A Secretaria de Saúde está compilando os dados mais recentes das doenças transmitidas por mosquitos para verificar se o nosso quadro entra nos requisitos determinados pelo Governo para envio do fumacê.
Neste período de pandemia, o trabalho dos agentes está diferente por determinação do Ministério da Saúde. Foi recomendado que não seja adentradas as residências das pessoas, assim, os profissionais verificam jardins, áreas e quintais, desde que esses locais sejam acessíveis sem precisar passar pelo interior da residência. A orientação para os moradores é feita com todo o cuidado para que eles evitem água parada, assim como trabalho completo em áreas públicas e abertas.
À nossa Redação, também foi enviada uma nota técnica sobre o trabalho dos agentes de endemias neste momento. Confira AQUI.

 

 

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