“As palavras “lhe foi creditado” não foram escritas apenas para ele, mas também para nós, a quem Deus creditará justiça, para nós, que cremos naquele que ressuscitou dos mortos a Jesus, nosso Senhor. Ele foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitado para nossa justificação.” (Romanos 4.23-25)
Quando lemos as Escrituras não encontramos pessoas perfeitas ou isentas, seja de deslizes ou de escândalos. A humanidade e cada pessoa individualmente é falha, é pecadora. Podemos praticar atos bons, mas seremos habitados concomitantemente por sentimentos egoístas e produziremos pensamentos ou desejos impublicáveis. Somos uma negação de nossas próprias virtudes. Estes somos nós e nestas condições nos vemos enredados na impossibilidade de desfrutar ordem interior.
Abraão não foi um ser humano de outra espécie. Era como nós. Ele viveu como um servo de Deus, foi chamado por Tiago de “amigo de Deus” (Tg 2.23), não por sua justiça pessoal, mas por sua fé em Deus. Ele creu e isso lhe foi creditado como justiça, afirma Paulo. Entre Deus e pessoas nunca foi ou será diferente, a condição é a mesma. Ninguém jamais será justo o bastante, mas todos podem crer o bastante. E isso muda nossa vida!
Crer em Deus é levar a sério a morte e ressurreição de Cristo, assim como Abraão levou a sério as promessas que recebeu. Não é ser capaz de entender a lógica, mas arriscar-se na fé! Uma fé que nos assemelha a Deus, pois Deus assemelhou-se a nós. Jesus é a “assemelhação” de Deus conosco. Ele morreu a morte que seria nossa, para que possamos ter a vida que vem dele. Pela fé experimentamos “assemelhação” a Deus – transformação! Ninguém é capaz de entender isso, até que creia, diariamente. Todos somos iguais. Exceto pelo que a fé em Deus nos torna!