“Surgiu também uma discussão entre eles, acerca de qual deles era considerado o maior. Jesus lhes disse: Os reis das nações dominam sobre elas; e os que exercem autoridade sobre elas são chamados benfeitores. Mas, vocês não serão assim. Pelo contrário, o maior entre vocês deverá ser como o mais jovem, e aquele que governa como o que serve.” (Lucas 22.24-26)
Jesus veio a nós e nos trouxe o Reino de Deus. Viveu entre nós, mas sempre seguindo os princípios e padrões de onde veio. Seus discípulos, sendo daqui, foram desafiados a agirem pelos princípios de lá. Eles aprenderam e eram guiados pelas prioridades do reino dos homens e Jesus persistentemente os desafiava a reverem seus conceitos e a adotarem novas perspectivas. Quem entre eles seria o maior era uma preocupação constante. Jesus pacientemente os confrontava. Ele não considerava normal e muito menos saudável o modo como as coisas foram organizadas por nós. Ele percebeu o fascínio pelo poder e a vaidade que alimentava o desejo de seus discípulos de receber reconhecimento e honra. Percebeu que, entre nós, liderar muitas vezes é dominar – o puro exercício do poder – e quase nunca, servir. Nas palavras de Jesus, as coisas por aqui precisam mudar e isso deve acontecer a começar pelos que O seguem
Entre nós, seguidores de Jesus, as coisas não devem ser como normalmente são no reino dos homens. A humildade deve ser uma característica marcante. Os maiores, os mais experientes, devem ter a atitude de um jovem. Não no sentido ruim que pode marcar a juventude do reino dos homens, mas no sentido belo que simboliza a juventude no Reino de Deus, onde ser jovem é ser cheio de vida, é estar aberto a aprender. É não ter grandes dificuldades para lidar com novos pontos de vista e outras perspectivas. É ter a atitude de quem ainda não se acomodou a si mesmo ou de quem considera-se o extrato do que todos deveriam ser. É ser alguém a quem o tempo não envelheceu, mas forjou a capacidade de seguir a milha extra. Alguém em quem os tropeços e dores sofridas não tiveram o poder de desfigurar, mas de suavizar e dotar da capacidade de compreender os mais inexperientes, os que ainda repetem os mesmos erros e, especialmente, os mais fracos. Pois sabe que já foi tudo isso! Isso é ser jovem no Reino!
Em nós, seguidores de Jesus, as coisas definitivamente não devem ser como são no reino dos homens. Entre nós a liderança, o governo, deve ser exercido com o coração de quem serve, tendo em vista o bem do outro e não a vantagem para si. Liderar como quem serve não é fazer o que os outros querem ou depender da aprovação dos outros para agir. Mas liderar mantendo a clareza de que somos todos servos de Cristo. Ele é o Cabeça, o Supremo Pastor. Todos somos Suas ovelhas e todos prestaremos contas por nossas escolhas. Não precisamos nos julgar. O servo procura discernir a vontade do Senhor e, mesmo ao custo do prestígio pessoal, lidera para realizá-la. Tendo pessoas como o ponto central do serviço cristão e não as regras e muito menos as instituições. E agindo com o compromisso de fazer o que é certo e não com a esperteza de fazer o que dá certo. Sem dúvida, as coisas precisam mudar por aqui! E o começo da mudança precisa ser eu e você.
ucs