As caravanas com estudantes da rede estadual de ensino chegam a todo momento para a 11ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), iniciada na quinta-feira (26) e prossegue até domingo (29), com o tema “Poéticas Afroindígenas do Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia”.
São mais de mil alunos de 31 escolas e 19 municípios do Recôncavo Baiano que participam da programação da feira. Muitos deles apresentam projetos estruturantes das artes nas distintas linguagens, como música, dança, teatro, canto coral, poesia e artes visuais, desenvolvidos ao longo do ano letivo como parte do currículo escolar.
Sejam nos espaços como a Casa do Governo, na Fundação Hansen Bahia; no Espaço 200, localizado na Biblioteca Municipal; ou até mesmo em praça pública, os estudantes encantam e fazem ecoar a arte que dinamiza os ambientes escolares e promovem o protagonismo estudantil.
Foi assim, nesta sexta-feira (27), com as apresentações dos corais pelo projeto estruturante Encante, na Praça Ubaldino de Assis. Os estudantes do Colégio Estadual Antônio dos Santos Paian vieram do Distrito de Oliveira dos Campinhos, em Santo Amaro, e apresentaram o coral Florescer pela primeira vez na Flica.
Eles passearam por um repertório que envolveu o público com muito pop e MPB. Ester Daniely, 18, 3° ano do Ensino Médio, fala da emoção de cantar com os colegas em um evento internacional. “Estou muito emocionada. É a primeira vez que venho em Cachoeira e na Flica. Estou tão feliz. É um dia mágico”, comemorou.
O mesmo encantamento despertaram os estudantes do Coral Vozes do Cecnsc, do Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora da Conceição, na Fazenda do Rosário, em Maragogipe. Eles se apresentaram na Flica pela segunda vez, mas a emoção é de estreante, segundo afirmou Dalila Nascimento, 18, 3° ano do Ensino Médio. “Esta experiência é ótima, dá sempre um nervosismo, mas depois a gente acalma com o canto. Cantar me traz muita paz e, graças à escola, tenho essa vivência”, afirmou.
Leninha Vila Nova Cavalcante, superintendente de Políticas para a Educação Básica do Estado, falou sobre o impacto na aprendizagem dos estudantes com essas experiências. “A arte, a cultura e a educação se entrelaçam e a Flica se constitui como espaço formativo neste propósito e potencializa a leitura do mundo antes da leitura da palavra”.