Aprovado ou reprovado?

“Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado.” (1 Coríntios 9.27)

Não creio que Paulo tivesse medo de ser rejeitado por Cristo em função de haver falhado no propósito de viver de forma digna do Evangelho. Ele estava decidido a esforçar-se ao máximo para honrar a graça que recebeu de Cristo. Em outros textos ele afirma sua segurança em Cristo e diz ter certeza que é Cristo quem garante seu futuro (2 Tm 1.2). A luz de todo o capítulo, em que descreve seus esforços e aconselha seus leitores a se esforçarem como um atleta que anseia vencer creio que, o que Paulo está dizendo é: não vou permitir que nada tire de mim a glória de ser o melhor cristão que posso ser.

Quantos de nós somos portadores de uma ambição como esta? De ser o melhor cristão que pudermos ser? De escolher lutar com todas as forças, contrariando a própria vontade e submetendo-se com rigor ao propósito de servir, de identificar-se com os outros, tendo no Evangelho uma razão mais que suficiente para negar a si mesmo? A atitude de Paulo e a falta dela em nós revela que ele teve uma visão melhor que a nossa da grandeza do amor e da graça de Deus oferecida em Cristo. Ele também disse que era dos pecadores, o principal ou o pior (1 Tm 1.15). Coisa que temos dificuldade de dizer e, se dizemos, é apenas de forma retórica. Paulo compreendeu melhor que nós a gravidade do pecado que o habitava e isso contribuiu para que percebesse a grandeza da graça de Cristo.

Como podemos caminhar para mais perto de apóstolo e crescer na consciência, tanto de nosso pecado quanto do amor de Deus? Como agir para sermos capazes de demonstrar um compromisso firme com o Evangelho, como o fez Paulo? Precisamos orar com menos palavras e mais coração. Com menos ambição e mais temor. Precisamos mais da ação do Espírito Santo em nossas vidas e, o que tem faltando, não é omissão d’Ele. É resultado de nosso pouco interesse. Só Ele pode nos dar o coração que anseia mais por obedecer do que por bênçãos. Só Ele pode nos dar a visão que nos livra as ilusões do que os olhos veem. Podemos ser cristão melhores. Basta, começando hoje, agirmos em obediência ao que já entendemos ser a vontade de Deus. Até que o Evangelho de Cristo seja para nós o tesouro mais precioso.

 

ucs

 

 

 

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