Os grevistas entregaram um documento ao presidente que declara como improbidade administrativa o não pagamento dos salários dos professores referentes ao mês de maio
Representantes dos professores, estudantes e funcionários das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA), que ocupam a galeria dos ex-presidentes da Assembleia Legislativa desde a manhã de ontem, se reuniram na tarde desta quarta-feira (1º) com Marcelo Nilo, presidente da Casa, e decidiram pela continuidade da greve.
Os grevistas entregaram um documento ao presidente que declara como improbidade administrativa o não pagamento dos salários dos professores referentes ao mês de abril. Segundo Marcelo Nilo, o documento e uma liminar de justiça apresentados pelos professores devem ser analisados por uma mesa diretora. Caso a mesa julgue pertinente o argumento da categoria, o governador Jaques Wagner deve ser convocado pela AL para prestar esclarecimentos sobre o caso.
Estudantes
No início da tarde de hoje, estudantes das universidades estaduais fizeram uma manifestação pelas avenidas do Centro Administrativo da Bahia (CAB) e seguiram até à Corregedoria.
Justiça
Uma decisão proferida pelo juiz Mário Soares Caymme Gomes determinou que os docentes das universidades públicas retornem em 24 horas ao trabalho, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 5 mil pela Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), ré no processo.
Pelo entendimento da Justiça, a greve dos professores é “abusiva” e vem sendo “exercida de maneira exageradamente ofensiva ao direito transindividual à educação”. O juiz ainda declara em seu parecer que “não pode ser tolerado que todos os docentes simplesmente ‘cruzem os braços’ sem prestar serviço algum, pondo em risco o ano letivo”.
Os professores da Uneb, entretanto, afirmam que não foram comunicados formalmente e por conta disso não retomarão as atividades nesta quinta-feira (2).
Histórico da greve
O movimento teve início no dia 8 de abril, quando a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) entraram em greve. Três dias depois, no dia 11 de abril, foi a vez dos professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) decretarem a greve. Por último, no último dia 26, os professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) ingressaram no movimento.
Fonte: Correio da Bahia