Os copos térmicos da marca Stanley foram alvos de polêmica nas redes sociais nos últimos dias. O debate começou após usuários, principalmente nos Estados Unidos, realizarem testes rápidos que supostamente detectaram a presença de chumbo nos produtos.
A fabricante confirma: os copos Stanley têm, de fato, chumbo em sua composição. O metal é utilizado como material de vedação na base do copo, mas, segundo a empresa, um revestimento de aço inoxidável impede o contato direto com o consumidor.
“A Stanley esclarece que não há chumbo em parte alguma da superfície de seus produtos que entre em contato com o consumidor, ou com líquidos e alimentos que estejam sendo consumido”, diz a empresa por meio de nota.
Os copos térmicos da marca possuem paredes duplas e isolamento a vácuo, o que garante a conservação da temperatura de bebidas em seu interior, de acordo com a fabricante. O material de vedação incluiria uma parcela de chumbo em sua composição, “no entanto, uma vez selada, esta área é coberta por uma camada não removível de aço inoxidável, tornando-a inacessível aos consumidores”.
Ainda segundo a Stanley, seus produtos cumprem todas as normas regulatórias dos Estados Unidos, e que realiza testes e validações por meio de laboratórios terceirizados credenciados pela FDA (agência de vigilância sanitária americana).
Riscos – O chumbo é um metal tóxico que pode ser absorvido pelo corpo após a inalação de partículas finas ou vapores, ou após a ingestão de compostos solúveis. Segundo o Ministério da Saúde, não há nível de exposição que seja conhecido como isento de efeitos nocivos.
Um relatório de 2020 do Unicef, braço da ONU (Organização das Nações Unidas) voltado para a infância, aponta que 800 milhões de crianças, ou uma a cada três, em todo o mundo têm níveis de chumbo no sangue iguais ou superiores a 5 microgramas por decilitro. Tal índice de contaminação demonstra a necessidade de intervenções globais e regionais, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
O metal é uma potente neurotoxina e a exposição na infância causa danos irreparáveis. Os maiores riscos são para bebês e crianças menores de 5 anos, podendo provocar deficiências neurológicas, cognitivas e físicas, além de danos à saúde mental, de acordo com o Unicef.
Fonte: Bahia.ba