Se formos inteligentes, procuraremos reproduzir as coisas boas e descartar as coisas que nos trazem más recordações, nos aborrecem, nos entristecem, relembram e reafirmam mágoas.
Os atropelos do dia a dia, muitas vezes não nos deixam parar, refletir e fazer um balanço dos fatos de nossa vida, dos nossos sentimentos, das nossas emoções.
É certo que acumulamos mais do que precisamos. Podemos viver com muito menos do que temos e muitas vezes , embora não percebamos , carregamos um fardo desnecessário. Certos objetos entulham nossos espaços físicos ,assim como certos sentimentos poluem nossa alma , não dando lugar para coisas novas e não deixando nascerem e florescerem sentimentos bons.
Assim como fazemos faxina nos objetos, devíamos fazê-la na alma. Às vezes, é difícil jogar coisas fora, desfazer-se delas, mas temos que aprender a fazer isso. Tudo aquilo que guardamos em excesso, acaba pesando. Então,joguemos esta carga fora. Muitas vezes me dizem: Isto me lembra tal pessoa, tal situação. Eu também dizia isto. Só que as pessoas são muito mais importantes que os objetos. E elas, só podemos carregar em nossos corações. Aqueles que amamos um dia, nos acompanharão na eternidade. Quando daqui partirmos, não levaremos nada, a não ser o que tivermos gravado em nossa alma. Muitas vezes são recordações gravadas à fogo, doloridas. Mas a dor passa. Como tudo passa.
Então, aproveitemos para nos despojarmos das dores, das mágoas, da raiva, para conseguirmos chegar ao perdão, ou para nos livrarmos de culpas. Aí poderemos recomeçar , como cada dia recomeça, único, cheio de esperança , mesmo que chova, porque a chuva faz brotar as sementes de uma nova vida.