Espaço teen – Por Maria Carolina Moraes
Daiane Donelles, uma jovem “celebridade” das redes sociais, morreu aos 21 anos, vítima de uma complicação relacionada à sua doença, a anorexia. Daiane postava fotos mostrando sua chamada “barriga negativa” muitas vezes junto com a hashtag #vamoanorexia. Apesar de sua doença, a anoréxica era aplaudida por homens e mulheres, e recebia centenas de comentários positivos em suas fotos.
Apesar de nos assustarmos com casos como esse, parece ser cada vez mais normal ver a sociedade aplaudindo corpos doentes, esqueléticos e frágeis, definhando em prol do que se vê como sendo o ideal. Daiane é só mais uma das muitas vítimas da doença, mas ao invés de procurar ajuda, a garota provocava e persuadia seus seguidores a ser como ela. Mesmo com algumas exceções salvas, muitas pessoas (“fãs” da Daiane ou não) se convencem pelos mais diversos meios de que o magro é o único belo, caindo nas garras dessa e de outras doenças.
Enquanto o mundo discute até aonde a busca pelo atual padrão de beleza é válida, milhares de garotas se espelham nos muitos exemplos de “perfeição” encontrados meios de comunicação a fora. Nessa busca desenfreada e perigosa, algumas irão se tornar modelos para o lote seguinte de adolescentes super preocupadas com sua aparência, criando uma bola de neve desenfreada, e mortal, e levando meninas e meninos saudáveis a esse e outros transtornos terríveis, como a bulimia e a vigorexia (busca pelo corpo perfeito através de atividades físicas, como a musculação).
Mas enquanto as modelos das revistas, redes sociais e passarelas carregarem suas silhuetas finíssimas, ossos salientes e corpos doentes com glória e fãs, pouca coisa poderá ser feita em prol daqueles adolescentes que ainda têm receios quanto ao próprio corpo. Quantas jovens ainda precisarão morrer para a sociedade se dar conta de que magreza não é sinônimo de beleza?