Anderson Silva provocou, falou, incomodou e cumpriu o que havia dito durante a semana. Na madrugada deste domingo, o “Spider” nocauteou Vítor Belfort, em um dos combates mais aguardados dos últimos anos, logo no primeiro round, chegou à 13ª vitória seguida no UFC (Ultimate Fighting Championship) e manteve o cinturão da categoria dos pesos médios em sua oitava defesa na carreira de lutador.
Em um confronto marcado pelas provocações de ambos os lados, e com a promessa de uma grande batalha, a técnica do curitibano fez a diferença logo no primeiro round. Por volta dos 4min25s de luta, Anderson Silva acertou um chute frontal no rosto de Belfort e acabou com o combate mais aguardado dos últimos anos.
Questionado pelo desempenho nas últimas lutas, Anderson Silva entrou no octógono e logo foi hostilizado pelo público, ainda em virtude das intensas provocações a Demian Maia no UFC 112, quando o curitibano acabou acusado de “humilhar” o adversário e irritar o presidente Dana White. Em contrapartida, Belfort acabou ovacionado pelas pessoas presentes no evento em Las Vegas.
Após a autorização do juiz Mario Yamazaki, Anderson Silva e Vítor Belfort demonstraram grande respeito um pelo outro e permaneceram praticamente metade do round se estudando. Apoiado pela torcida, o “Fenômeno” tomou a iniciativa após o público questionar o combate; por outro lado, o Spider passou a usar a conhecida técnica da “provocação” ao correr pelo octógono e fazer gracinhas com as mãos.
Impulsionado, Belfort buscou encaixar uma sequência no adversário e, afastado, deixou a guarda aberta. Aproveitando a deixa, Anderson Silva acertou um poderoso chute frontal e derrubou o oponente. Logo no momento da queda, o juiz encerrou o combate e decretou a vitória do atual campeão.
No momento de receber o cinturão, Anderson Silva, que recentemente firmou contrato com a empresa de Ronaldo, vestiu uma camisa do Corinthians e adotou um discurso de respeito a Vítor Belfort. “Ele merece nosso respeito, ele é um grande campeão. Agradeço a todos por esta vitória”, disse o “Spider”, antes de mandar um recado. “Ronaldo, estamos juntos e misturados”, disse, em referência ao atacante da equipe de Parque São Jorge.
Peso Galo estreia em luta fraca; Jones vence e pega Shogun
O card principal foi aberto pela estreia dos pesos galos no UFC. E, dentro do octagon, a categoria acabou não sendo bem representado. Em uma luta de pouca trocação e pró-atividade, a qual ficou marcada pela insatisfação do público presente, o americano Miguel Torres venceu o compatriota Antonio Banuelos por decisão unânime dos juízes (30/27, 30/27 e 30/27) e chegou à terceira vitória seguida no MMA – o competidor de Indiana soma, agora, 39 vitórias e três derrotas na carreira.
No segundo confronto da noite, o brasileiro Carlos Eduardo Rocha perdeu a invencibilidade no MMA em sua décima luta na carreira. Em decisão dividida dos juízes (27/30, 29/28 e 29/28), o atleta do País foi derrotado pelo americano Jake Ellenberger pela categoria dos pesos médios. O atleta paraibano dominou o primeiro round e mostrou grande jogo de Jiu-Jitsu, para delírio do público presente. Entretanto, o americano melhorou nas duas últimas parciais e conseguiu a vitória, especialmente após aplicar um takedown quando o relógio marcava 30seg para o final da luta.
A partir das duas primeiras lutas, o evento em Las Vegas “esquentou”. Em um duelo marcado por expectativas, o americano Jon Jones venceu o compatriota Ryan Bader por finalização no segundo round, em confronto válido pelos meio-pesados.
Com o triunfo, o competidor nova-iorquino se credenciou para desafiar o campeão da categoria, o brasileiro Maurício Shogun, que até entrou no octagon para parabenizar o lutador, no UFC 128, marcado para o dia 19 de março – o desafiante anterior, Rashard Evans, acabou vetado por estar lesionado.
Na quarta luta do dia, Forrest Griffin venceu Rich Franklin por decisão unânime dos juízes (29/28, 29/28, 29/28) e obteve a segunda vitória consecutiva no UFC – vencera Tito Ortiz na edição 106, em 21 de novembro de 2009.
Fonte: Terra