A pobreza, apenas pouco acima da miséria completa, agora, no Carnaval, garantirá uma renda extra.
Terão o que fazer e como ganhar dinheiro, dormindo no local de trabalho, mesmo quando correm nuvens negras no céu. Travam uma guerra diária pela sobrevivência, nas praias e nas ruas. Não têm carteira assinada nem plano de saúde.
Às vezes, tenho a impressão de que os ambulantes vivem em outro mundo — não o da festa, e sim em um mundo de carências que precisam ser preenchidas diariamente. Olhando essas pessoas no Carnaval, vemos que ali está o mundo da exclusão, cada um com sua história de perdas e dor.