“Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se, sem porém lhe dar nada, de que adianta isso? Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta.” (Tiago 2.15-17)
Os textos de Tiago são famosos devido à sua postura de nos chamar a ação. Muito rapidamente a fé havia se tornando uma crença, e estava perdendo seu vigor. Tornou-se mais um apego a algo sagrado do que um novo jeito de viver e ver a vida. O apóstolo então dedicou-se a mostrar que é da natureza da salvação que nos alcançou produzir frutos, impulsionar à ação. E ações de amor. Quem crê, faz, fala, age em amor. A fé no coração move os pés, as mão e nos leva a realizar as obras boas que Deus, de antemão preparou, para que as praticássemos (Ef 2.10).
A fé se expressa por ações e ações de amor. Muito rapidamente o amor tornou-se um sentimento, algo que não controlamos. Mas sabemos que ele é muito mais que isso. Há amores e amores, mas todos eles se fundamentam no amor que escolhe, se compromete e prática o bem a quem amamos. Por isso somos chamados para amar mesmo aqueles que se fazem nossos inimigos, que nos perseguem. O que se espera de nós não é um sentimento de bem querer, mas a escolha, o compromisso e a atitude de tratar de forma amorosa. Amar é tratar o outro como quem ama, agindo para o seu bem.
Se não agirmos, nosso amor é como a fé sem obras. É morto. Não faz sentido algum. O amor não pode ficar restrito a intenções, a boas ideias ou pensamentos. O amor deve produzir sons, causar movimentos, oferecer respostas, ocupar espaços, suprir necessidades, demonstrar-se pelo cuidado. Amar é tratar o outro com as atitudes próprias de quem ama. Que seu amor a Deus e as pessoas ganhe vida hoje, por meio de atitudes que o confirmem. Por mais difícil que possa ser, saiba que, quanto mais amar, mais capaz será para amar. Não há fé sem amor. Porque Deus é amor.