“Respondeu Jesus: Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento.” (Mateus 22.37-38)
Em última análise, não há muito que, de fato, possamos fazer em nossa relação com Deus. Mas porque nos ama, Deus age em nossa vida para que sejamos também protagonistas na relação com Ele e por isso nos dá um mandamento de amor como este. Como um pai que dedica tempo para ver os desenhos de seu filho ou filha pequena, desenhos que não passam de rabiscos, mas que são apreciados como as mais belas artes pelo pai que ama, mal comparando, assim é Deus. Ao agir assim, pais possibilitam vida e identidade saudável para os filhos, e da mesma forma Deus faz conosco. Ele sabe lidar com nossa pequenez para nos levar à vida para a qual nos criou à maturidade que mudará as nossas vidas e nos fará verdadeiramente felizes.
Jesus declarou que o segredo da vida, o caminho da felicidade neste mundo com tantas dificuldades, é amar a Deus com todo nosso coração, alma e entendimento. Não somos capazes para isso, mas podemos escolher isso. Podemos decidir que viveremos diariamente aprendendo a amar a Deus. E para isso o caminho é crer, com todo nosso coração, alma e mente no amor de Deus por nós. Nada deve nos levar a duvidar de Seu amor. Nem a instabilidade de nosso coração, nem a fragilidade de nossa alma e muito menos a limitação de nossa mente. A fé no amor de Deus deve superar tudo. E quanto mais coração, alma e mente for inspirado pela fé no amor de Deus, tanto mais amaremos a Deus e seremos felizes.
Quando Deus tornar-se nosso maior amor, nenhum desamor nos roubará a alegria. Seremos mais fortes diante da tentação e sedução. Nenhuma perda será grande o bastante para destruir nosso ânimo. Nenhum fracasso será devastador o bastante para nos deixar sem esperança e nos levar a desistir. E nada de bom que nos aconteça nos fará soberbos. Diante da riqueza de pertencer a Deus e receber de Deus a dádiva maravilhosa de Sua presença, saberemos o significado de sermos mais que vencedores (Rm 8.37-39). Se estamos lutando pela vida, mas não estamos matriculados na escola do amor a Deus, temo que por mais que alcancemos, por mais que conquistemos, será menos do que o que realmente queremos e precisamos. Nossa alma, ainda que ignoremos isso, anseia por Deus e só encontra descanso nele! (Sl 42.1)