Amadurecidos pelo amor

“Aquele que considera um dia como especial, para o Senhor assim o faz. Aquele que come carne, come para o Senhor, pois dá graças a Deus; e aquele que se abstém, para o Senhor se abstém, e dá graças a Deus.” (Romanos 14.6)

Amadurecidos pelo amorAfinal, a quem queremos agradar? A Deus ou a homens? A quem queremos impressionar? Queremos a aprovação de quem? A fé cristã nos fala da importância de considerarmos nosso irmão. De, até mesmo, evitar algo que possa escandaliza-lo, mesmo que para nós mesmos não represente problema algum. Por outro lado, também nos fala sobre a importância de respeitarmos uns aos outros, dando direito uns aos outros para conduzir a própria vida conforme a própria consciência. Deus não nos colocou como árbitros da consciência um dos outros e precisamos amadurecer ao ponto de não mais nos escandalizarmos uns com os outros por qualquer coisa. É certo que quem se escandaliza, nunca considera tê-lo feito “por qualquer coisa”! Todavia, pode ser que se trate sim de “qualquer coisa”. Daí a necessidade de amadurecermos.

Lembra-se da norma: “no essencial, concordância; no não essencial, tolerância; em tudo, amor”? Pois é assim que precisamos caminhar juntos na fé. Paulo estava ajudando os cristãos romanos a perceberem o não essencial ao falar sobre os hábitos e crenças. Comer carne, guardar dias… Eles estavam julgando uns aos outros por causa dessas coisas. Paulo estava pronto a orienta-los, tendo superado seu próprio histórico como um judeu, acostumado a inúmeros ritos e proibições. Muitos cristãos, educados numa forma de crer marcada por restrições e proibições, encontram muita dificuldade em lidar com cristãos menos restritivos em seus hábitos. O essencial para alguns inclui, as vezes, coisas demais. Nenhum problema quanto a isso, desde que não julguemos nosso irmão a partir de nossa própria consciência. É preciso maturidade para não agir assim. E de onde ela nos vem?

Ela nos vem de nosso relacionamento com Deus, sem medo. Um relacionamento em que a verdade sobre mim aparece. Mas isso é difícil pois não sabemos realmente a verdade sobre nós. Não nos enxergamos e assim ignoramos nossa contradição: dizemos que amamos a Deus mas não somos amorosos com as pessoas! E Deus já disse o que pensa a respeito disso! Deus não se relaciona como o nosso falso-eu, com quem “gostaríamos de ser”. Ele fica nos aguardando pois só assim perceberemos como é grande sua misericórdia e graça e, de fato, saberemos o quanto somos amados. E é isso que nos amadurece e então entendemos que não devemos julgar ou rejeitar o outro. Só a ideia de fazer essas coisas nos envergonha! Afinal, Deus nos ama como somos! E é assim que uma pessoa se torna uma benção e uma igreja um lugar seguro para pecadores. Nossa fé promove a vida e possibilita transformações. Principalmente em nós mesmos!

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