Alunos da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) estão fazendo um protesto no campus Sosígenes Costa, em Porto Seguro. Eles reclamam da falta de transporte escolar e das condições em que funciona o serviço prestado pela Viação Porto Seguro, que só disponibiliza duas linhas que dão acesso ao campus (uma com destino a Pindorama e outra à Agrovila), em horários muito distantes. Com o corte de um ônibus pela prefeitura, a prioridade para o transporte é para veteranos.
Na quarta-feira, 20 de junho, e na quinta, 21, não haverá aula devido à paralisação. Funcionários também estão sendo impedidos pelos alunos de entrar. “Temos apenas um ônibus escolar para a parte da tarde, e que tem capacidade para 75 pessoas, mas sempre está com mais de 100. E a faculdade também está fechando os olhos e tapando os ouvidos para o problema”, disse a aluna Bruna.
De acordo com os alunos, no turno vespertino mais estudantes vão engrossar a fila da manifestação. Segundo Radharani Arruda, aluna ligada ao protesto, a suspensão dos serviços da faculdade é para pressionar a Instituição com relação à pauta, que requer mobilidade estudantil. “Queremos que a linha que faz a rota atenda a demanda de estudantes, que aumenta a cada ano. Para além disso, solicitamos a prefeitura que amplie o transporte escolar para o turno vespertino da UFSB.”
Os alunos publicaram um manifesto reclamando da falta de ônibus de linha específica até a Universidade. E que a única rota possível que faz o percurso não abrange os bairros e a orla, o que implica o uso de duas passagens de ônibus, encarecendo o trajeto e tornando-o ainda maior, onerando o orçamento do aluno, em cerca de R$260, ao final do mês.
A pauta consiste em criação da linha de transporte urbano com destino à UFSB, em consonância com as atividades da universidade e contemplando os moradores dos bairros; criação de Sistema de Integração, permitindo que os munícipes de Porto Seguro não necessitem pagar por duas passagens no período de duas horas entre as viagens; e criação de lei que verse sobre a implantação do passe livre estudantil em Porto Seguro, Eunápolis e Cabrália. Em nota, os estudantes dizem entender que a responsabilidade do acesso ao campus é transversal: das Câmara de Vereadores dos municípios que deveriam ser envolvidos na confecção de lei específica para transporte universitário municipal gratuito e de linha; do Ministério Público Estadual e Federal, para a garantia do acesso aos direitos de educação, transporte e segurança; e da administração da Universidade, que deveria já estar atuando na mediação deste diálogo político desde sua implantação.
Fonte: Jornal do Sol