“Uma equipe de montanhistas afirmou que encontrou, no sábado, 6, indícios de que o montanhista brasileiro Marcelo Delvaux, de 55 anos, teria caído em uma fenda de gelo e, muito provavelmente, está morto.
No dia 30 de junho, Delvaux deixou novamente seu acampamento e começou a subir a montanha às 3h da madrugada. Ele chegou ao topo às 14h57 e, logo em seguida, começou a descer. “Pelo GPS, a gente viu que, mais ou menos uns 30 ou 40 minutos depois, o sinal estagnou. Ele não se movimentou mais desde então”, conta o amigo.” Revista Isto É.
Na Engenharia de Segurança existe o lema: a autoconfiança aumenta, relegando certos riscos. Marcelo Motta, que desapareceu em 30 de junho no Nevado Coropuna, já tinha escalado 150 montanhas em 25 anos de montanhismo. Quando percorreu um mundo vasto e incerto, desenvolveu crenças que deram a ele um arcabouço coerente, opções reduzidas e a falsa sensação de certeza e segurança com as experiências passadas. Mas as condições nas vitórias passadas não são condições para vitórias futuras.
Se uma pessoa fuma e vê um painel à sua frente mostrando cinco mil substâncias cancerígenas no cigarro e ela está fumando enquanto lê, é uma autoconfiança que cega seu entendimento sobre a possibilidade de adquirir um câncer de pulmão.