No último ano, a média da temperatura no Brasil foi a mais alta já registrada desde 1961, quando as medições começaram. De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a média de 2024 ficou em 25,02°C, reflexo de um período de calor extremo que vem sendo observado em diversas partes do mundo.
Para minimizar os impactos da radiação solar e do tempo seco, é preciso reforçar os cuidados com a pele. O uso de filtro solar diariamente é uma das principais recomendações dos dermatologistas. No entanto, 66% dos brasileiros não fazem a sua aplicação diariamente, conforme pesquisa do Instituto de Cosmetologia de Campinas.
Segundo o Ministério da Saúde, a aplicação deve ser feita cerca de 30 minutos antes da exposição ao sol, com reaplicação a cada duas horas ou após contato com a água e o suor excessivo. A medida aumenta a proteção contra o câncer de pele, o aparecimento de manchas e o envelhecimento precoce.
Além do protetor solar, a hidratação adequada é indicada para manter a pele protegida. A recomendação é aumentar a ingestão de água, sucos de fruta e água de coco nos dias quentes, assim como utilizar cremes hidratantes para evitar o ressecamento da pele, que pode ser intensificado pelo calor intenso.
Outro ponto de atenção está na escolha das roupas de banho, como maiôs e biquínis estampados ou lisos. A Skin Cancer Foundation recomenda o uso de peças com cores intensas, como vermelho, azul e preto, que oferecem uma barreira maior contra os raios solares em comparação a tons mais claros.
Crianças precisam de atenção redobrada
Os cuidados com as altas temperaturas devem ser ainda mais rigorosos quando se trata de crianças. Segundo a Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj), o calor extremo faz com que elas adoeçam mais rápido, podendo causar desidratação, insolação, câimbras e exaustão.
A temperatura mais alta também pode causar ressecamento da pele e desconforto nos olhos, nariz e boca, o que tende a deixar o público infantil mais irritado. Nesse período, é comum que bebês e crianças menores sofram com brotoejas ou miliárias em regiões como pescoço, axilas, cotovelos e coxas.
A Soperj recomenda que os responsáveis incentivem as crianças a beberem água com frequência, sempre levando garrafas ao sair de casa. Também é importante escolher um protetor solar com no mínimo 30 FPS (Fator de Proteção Solar), que deve ser reaplicado a cada duas horas ou em intervalos menores, principalmente se a criança estiver suando muito ou se divertindo na água.
É indicado, ainda, evitar que as crianças fiquem descalças em superfícies quentes, como areia, pisos ou asfaltos, para evitar queimaduras. Os responsáveis podem optar por comprar maiô ou blusa de manga longa com fator UV, visando proteger a maior parte do corpo.
Saiba como evitar doenças de pele no calor intenso
O Ministério da Saúde alerta que as altas temperaturas, combinadas com areia, piscina, praia e excesso de suor, favorecem o surgimento de doenças de pele, como micoses, brotoejas e sardas brancas.
Para evitar esses problemas, a orientação é manter a pele sempre seca, especialmente em áreas de “dobras”, como axilas, virilhas e entre os dedos dos pés. Outra recomendação é trocar de roupa após atividades físicas ou exposição prolongada ao sol.
A escolha de tecidos leves e arejados também pode ajudar a reduzir irritações e alergias. Evitar banhos muito quentes e prolongados contribui para preservar a barreira de proteção natural da pele.
Contra a acne solar, que pode ser provocada ao misturar a oleosidade aumentada da pele, filtro solar, suor e a própria radiação solar, o Ministério da Saúde recomenda lavar o rosto com sabonetes adequados para cada tipo de pele, assim como utilizar tônicos e protetores em gel ou à base de água.