AJOELHADOS E CONFESSANDO

“Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.” (Filipenses 2.9-11)

Todo joelho deve se dobrar diante de Jesus. Essa é uma experiência pessoal, privada. É um compromisso de vida que se realiza por meio de nossa relação pessoal com Cristo, nossa confiança e submissão. Quem um dia se ajoelha diante de Jesus pode seguir ajoelhando-se cada vez mais e melhor, com maior significado e verdade. Com mais firmeza e consciência. Com mais clareza quanto às implicações de ajoelhar-se. Mais da própria vida passa a ser influenciada por seus joelhos dobrados diante do Mestre. Toda língua deve confessar que Jesus Cristo é o Senhor. Essa é uma experiência de domínio público. E um comprometimento de nossa vida com Jesus diante das pessoas, de modo que saibam quem Ele é para nós. Quem um dia confessa, segue pela vida aprendendo que, mais, muito mais que falar confessar diz respeito ao modo como se vive. Confessar a Jesus é revelar a outros a vida que recebe de Jesus.

Há uma parte dessa confissão que envolve os lábios e as palavras. Essa parte tem estado muito presente por aí. Há pessoas confessando Jesus com adesivos, camisetas e tatuagens. Os jogadores de futebol que estampam “Jesus” em suas vestes. Mas as palavras perdem o impacto quando as atitudes, o estilo de vida e o modo como nos relacionamos com as pessoas revelam um caráter antagônico ao de Jesus. Os templos se enchem aos domingos em nome de Jesus, mas na segunda as ruas permanecem vazias de pessoas que amam, servem e se compadecem como Jesus. Algumas vezes os adoradores de Jesus do domingo reúnem-se apenas para reforçar o próprio narcisismo, o orgulho de “não ser do mundo”, a prepotência de “ser filho de Deus”, pouco compreendendo sobre o valor do outro e a necessidade de servir.

De tal forma transformamos a fé cristã em doutrinas e em um conjunto de verdades, que nos satisfazemos com pouco. Nem nos damos conta quando nossa vida contradiz nossas declarações. É assim que bendizemos a Deus e, como a mesma boca, amaldiçoamos pessoas, criadas à imagem de Deus (Tg 3.9). Somos “santos” no templo e “profanos” em casa. Oramos ao Deus amoroso, que suporta nossas fraquezas e maldades, mas somos impiedosos com os “pecadores” a quem Jesus veio salvar. Confessar a Jesus é aponta-lo a outros, com nossa vida. É ser uma expressão do amor que trouxe Jesus ao mundo. Da graça e da verdade que marcaram Sua vida (Jo 1.14).  Não poderemos confessar sem nos ajoelhar. Ajoelhados nos arrependeremos e confessaremos quem realmente somos. De pé, perdoados e redimidos, confessaremos quem é Jesus.

 

 

ucs

 

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