Agente da PF é morto em ação contra organização criminosa em Salvador

Agente da PF é morto em ação contra organização criminosa em Salvador
Foto: Divulgação / SSP-BA

Um policial federal morreu na manhã desta sexta-feira (15), durante um confronto na região de Valéria, em Salvador. O policial participava da Operação Fauda, conduzida pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) da Polícia Federal (PF) e da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) contra uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e armas, homicídios e roubos. Segundo informações da secretaria, outros dois agentes, um da PF e outro da Polícia Civil, ficaram feridos. No confronto, também morreram quatro homens suspeitos de integrar a organização criminosa.

Em nota, a Polícia Civil da Bahia disse que empreende todos os seus esforços, em parceria com a SSP-BA, para investigar o homicídio do agente da PF Lucas Caribé Monteiro e a tentativa de homicídio de outro servidor da PF e do investigador Vockton Carvalho Freire. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) assumiu a apuração do caso.

“Os três foram atingidos por disparos de arma de fogo provenientes de um grupo criminoso durante operação realizada no bairro de Valéria. O corpo de Lucas foi removido ao Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, do Departamento de Polícia Técnica, onde passará por perícia”, informou a Polícia Civil.

Segundo a polícia, Vockton está internado no Hospital Geral do Estado, após ser atingido no rosto por estilhaços de um disparo. Ele será submetido a uma cirurgia em um dos olhos.

A PF também se manifestou sobre a morte do agente. Em nota, a Direção-Geral da PF lamentou com “profundo pesar” o falecimento de Lucas Caribé Monteiro, que ingressou na força policial em 2013. Em razão da morte, o diretor-geral substituto da Polícia Federal, Gustavo Paulo Leite de Souza, decretou luto oficial de três dias.

“A Polícia Federal expressa suas condolências e solidariedade aos familiares e amigos enlutados. Informamos, ainda, que a Polícia Federal está empenhada e acompanhando de perto a investigação das circunstâncias que envolveram o falecimento”, diz a nota.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também manifestou solidariedade aos policiais atingidos por tiros. “O diretor-geral da PF em exercício, delegado Gustavo Souza, vai hoje à Bahia para acompanhar os fatos e estabelecer as orientações cabíveis”, escreveu Dino na rede social X, antigo Twitter.

Dois fuzis calibre 5,56, duas pistolas, carregadores, munições, rádios comunicadores e roupas camufladas foram apreendidos, conforme a pasta de Segurança. O governador Jerônimo Rodrigues (PT) lamentou a morte do policial e afirmou que a investida é uma reação do crime organizado à atuação das forças de segurança.

O caso será apurado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Na operação, cerca de 100 agentes das polícias Federal, Militar e Civil cumprem ordens judiciais, em Salvador, à procura de foragidos, armas, munições e entorpecentes. Dois fuzis foram apreendidos. A Polícia Civil informou que os suspeitos estão escondidos em uma área de mata fechada.

A Associação dos Servidores da Polícia Federal em Salvador divulgou nota de pesar. Confira:

Agente da PF é morto em ação contra organização criminosa em Salvador

Quem era o policial federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida 

Dentro da Polícia Federal desde 2013, ele era lotado no Grupo de Pronta Intervenção (GPI) da Bahia, depois de iniciar a carreira na Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio e ao Tráfico de Armas (Delepat), no Pará. Ele também atuou na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE/PA) e a Superintendência Regional da Polícia Federal na Bahia, sendo lotado, inicialmente, no Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom).

Lucas tinha 42, casado e não teve filhos. Filho de médica, ele é soteropolitano e estudou no colégio Antônio Vieira, em Salvador. Nas redes sociais, a escola manifestou solidariedade aos amigos e familiares.

Compilação: EBC, Correio, Bahia.ba e G1

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