Africanos ficarão sob liberdade vigiada em Ilhéus, diz Polícia Federal

Homens prestaram depoimento na tarde desta terça-feira (27).Segundo a PF, não houve agressão contra os africanos em navio.

A assessoria de comunicação da Polícia Federal (PF), em Salvador, informou que os africanos que foram encontrados em um navio na cidade de Ilhéus, região sul da Bahia, prestaram depoimento na tarde desta terça-feira (27) e, a partir de agora, ficarão sob liberdade vigiada. Segundo a PF, os africanos devem ficar em um quarto de hotel com escolta policial.

A Polícia Federal ainda informou que os dois africanos foram vacinados contra febre amarela, paralisia, tétano e difteria na sexta-feira (23). Eles cumpriam um período de quarentena do qual foram liberados nesta terça.

De acordo com a PF, os dois homens encontrados no navio devem aguardar uma decisão judicial sobre o pedido de deportação que deve sair em 15 dias.

A Polícia Federal informou que os africanos foram encontrados no navio três dias após a embarcação deixar o porto na Costa do Marfim. De acordo com a PF, as imagens em que um dos africanos aparece sendo agredido não representa a realidade dos fatos, pois ele teria tentado deixar a embarcação e estava sendo contido pela tripulação do navio.

O caso

Dois homens de origem africana foram descobertos escondidos no convés de um navio de carga na manhã de sexta-feira (23), de acordo com a Polícia Federal.

O flagrante foi feito pelos tripulantes da embarcação, destinada ao transporte de cacau, e que já estava atracada no porto da cidade desde terça-feira (20).

Segundo a delegada federal Denise Cavalcanti, eles viajaram sete dias da África até a Bahia de modo clandestino, já que não possuem autorização legal. Eles são da República do Gana, mas iniciaram viagem a partir da Costa do Marfim. A polícia não tem conhecimento, até o momento, sobre a motivação da viagem. Um funcionário do porto afirma que são três africanos, em vez de dois, mas a polícia não confirma esta informação.

Os procedimentos judiciais para a deportação já foram abertos na Vara Federal, em Ilhéus, e só devem ser finalizados em um prazo de 15 dias. Enquanto os trâmites eram providenciados, eles ficaram dentro da embarcação, custodiados pelo comandante. “O processo é complexo, tem uma parte administrativa e outra jurídica. Eles ficam aqui sob responsabilidade da companhia marítima, que deve fornecer a vigília, até que os procedimentos sejam resolvidos. Por enquanto, não há prazo”, explica a delegada.

Fonte: G1 da BA

 

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