Adoção ilegal de crianças: Fantástico continua a busca pelo juiz Vitor Bizerra

Bizerra é o responsável pelo tráfico dos cinco filhos de Silvânia e Gerôncio, retirados à força do casal e dados para famílias de São Paulo ilegalmente.

No dia 14 de outubro, o Fantástico denunciou o caso de Silvânia e Gerôncio da Silva, de Monte Santo, na Bahia. Os cinco filhos foram retirados deles e dados para adoção para famílias de São Paulo, num processo ilegal.

Na terça-feira, Silvânia esteve na CPI do tráfico de pessoas na Câmara dos Deputados, em Brasília. E contou como os filhos foram tirados dela.

“Pegaram Daniel, e Ricardo saiu correndo. Aí foi pra casa pedir: ‘Mãe…’ Não gosto nem de lembrar… ‘Mãe, me esconda’. Eu disse: ‘Filho, não. Não posso fazer nada’”, conta Silvânia Silva.

Há cinco semanas o Fantástico tenta falar com o juiz responsável pelo processo, Vitor Manuel Xavier Bizerra. A equipe do Fantástico esteve na casa onde ele mora e duas vezes no fórum.

“Você falou pra ele que nós estávamos procurando ele? Que gostaríamos de conversar?”, pergunta o repórter.

“Falei… que vocês vieram aqui com proposta de entrevistá-lo”, responde a escrivã Magda Silvana Guedes.

O Fantástico tentou uma entrevista por telefone com o juiz.

“Eu tô resolvendo algumas coisas. Eu não tô disponível pra conversar agora”, diz o juiz.

“Hoje o senhor não poderia conversar nem por telefone, doutor Vitor?”, indaga o repórter.

“Não”, responde ele.

Uma semana depois, mais uma tentativa frustrada.

“Alô, doutor Vitor?”, diz o repórter.

“É. Quem fala?”, responde o juiz Vitor.

“É Zé Raimundo, doutor Vitor. Tudo bem?”, diz o repórter. E a ligação é interrompida.

Esta semana, o Fantástico continuou em busca do juiz Bizerra. O telefone celular agora parece desativado.

O processo em que Vítor Bizerra tirou, de um dia pro outro, os filhos de Silvânia e Gerôncio está entre as prioridades do atual juiz da região.

“Nos próximos dez ou 15 dias eu devo decidir sobre o retorno ou não dessas crianças pro Estado da Bahia”, declara o juiz Luiz Roberto Cappio.

Estamos de olho.

 

Fonte: Fantástico

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