O deputado ACM Neto (DEM) admitiu hoje (04) que pode ser candidato a prefeito de Salvador nas eleições do ano que vem, se tiver o apoio dos partidos de oposição ao PT no estado. “O ideal é que a gente possa fazer uma construção que reúna os partidos de oposição. Vamos tentar fazer essa costura. Se eu quero fazer uma costura com vários partidos, eu não posso impor minha candidatura. Partindo do princípio do que o desejado é fazer uma aliança, eu não quero nem impor nem vetar. Se eu for escolhido para ser o candidato, se houver condições políticas e a vontade da população de Salvador, então eu disputo”, disse Neto, em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metrópole.
A intenção do deputado é agrupar DEM, PSDB, PMDB, PR e PPS em torno de um único nome. Ele frisou, no entanto, que ainda é cedo para definir o nome. ACM Neto afirmou que o Democratas está decepcionado com a administração do prefeito João Henrique (PMDB). “Em 2008, apresentamos uma série de pleitos ao prefeito para que incorporasse no seu segundo governo. Até então, poucos projetos foram incorporados”, disse.
Sucessão presidencial – ACM Neto afirmou que o desafio do Democratas e da oposição na Bahia e no Brasil é criar conexões com a sociedade e mostrar que existe um projeto alternativo de poder. “Não podemos cometer os mesmos erros de 2006 e 2010, quando definimos o candidato à Presidência em abril do ano eleitoral. Temos de definir antes”, ressaltou, destacando como a novidade da oposição para 2014 a figura do senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Outro ponto abordado durante a entrevista foi a conclusão do relatório da Polícia Federal sobre o mensalão no governo Lula. “O presidente saiu dizendo que ia reescrever a história, ia conseguir mostrar que o mensalão não existiu. Agora, com esse relatório da Polícia Federal, acho que o PT não vai conseguir reescrever a história”, opinou.
O relatório da Polícia Federal indica que houve desvio de dinheiro público para favorecer campanhas eleitorais e políticos de PT, PMDB, PTB, PP e PR. O dinheiro, segundo confirma a PF, era destinado a campanhas eleitorais ou ao uso pessoal de políticos.
Fonte: Alexandre Reis (imprensa)