Aceitação, para que haja adoração

“Portanto, aceitem-se uns aos outros, da mesma forma como Cristo os aceitou, a fim de que vocês glorifiquem a Deus. (…) Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Em vez disso, façamos o propósito de não colocar pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão.” (Romanos 14.7 e 13)

Aceitação, para que haja adoraçãoPorque o mandamento fundamental da fé cristã é o amor, a vida cristã não se resume e não pode ser verdadeiramente vivida por meio de atividades religiosas. A vida cristã é vivida na relação que temos uns com os outros. No modo como nos tratamos. É daí também que vem a nossa adoração a Deus, que valida a adoração que pretendemos prestar a Ele quando cantamos músicas cristãs. Por isso Paulo diz que devemos nos aceitar para que possamos glorificar a Deus. A fé cristã torna cristã a vida, toda a vida, e principalmente os relacionamentos e atitudes. Sabendo disso, Paulo escreveu aos cristãos de Roma sobre o modo que deveriam se relacionar, sobre a atitude correta ao lidar com um irmão. Como igreja cristã devemos exercitar isso, sendo cristãos na forma de lidar uns com os outros.

Quando se trata de alguém que se encaixa em nossos padrões, tudo fica mais fácil. Mas, e quando o irmão é diferente, pensa diferente, tem preferências e gostos que nos desagradam? E quando nossas opiniões são sempre diferentes e nossas ideias desagradam uns aos outros? E isso acontece! A orientação do apóstolo é cheia de sabedoria: aceitem-se da mesma forma que foram aceitos por Cristo. Fomos aceitos em nossa desarmonia com Ele. E mesmo depois de muito tempo, ainda temos divergências com Jesus. Não somos os seguidores que deveríamos ser e muitas vezes agimos diferente de como Ele agiria. Mas Ele nos aceita e devemos aceitar uns aos outros. Somos incompatíveis e isso não deveria nos espantar. Mas podemos nos harmonizar inspirados em Jesus. E isso é resultado de aceitação mútua e não de pressão mútua. A rejeição jamais nos levará a amizade e sem amizade, sem confiança, não melhoraremos a vida uns dos outros.

Para nos aceitarmos melhor e mais, devemos parar imediatamente de nos julgar. A atitude julgadora facilmente torna-se um vício. Nos tornamos muito rápidos em avaliar e dar nosso parecer sobre a vida, a aparência ou alguma atitude do irmão. E raramente fazemos isso como algo positivo, que valoriza e aprecia o irmão. Muito mais o fazemos expressando rejeição e crítica, no sentido negativo do termo. E tantas vezes carregada de preconceito – nem mesmo conhecemos de fato o outro ou suas razões. O espírito da fé cristã é outro. Somos chamados a não tornar pesada ou difícil a vida do outro. Somos chamados a nos apoiar, nos aceitar e ajudar uns aos outros. Então, lide melhor com as pessoas, especialmente as que desagradam você. Imite a aceitação e paciência do nosso Mestre! Para de falar seus julgamentos. Cale-se. Para que, com o tempo, pare também de julgar. Você conhecerá o poder e a beleza da aceitação. E como isso é uma bênção. Para você mesmo e para seus irmãos.

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