Ação de reintegração de posse é deflagrada em lotes da Codevasf ocupados pelo MST na BA

Ação de reintegração de posse é deflagrada em lotes da Codevasf ocupados pelo MST na BA
Ação de reintegração de posse de lotes da Codevasf em Juazeiro — Foto: Divulgação/MST

Uma ação de reintegração de posse foi deflagrada na madrugada desta segunda-feira (25), nas cidades de Juazeiro e Casa Nova, no norte da Bahia.

As terras, que eram ocupadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), pertencem à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Em nota, o MST afirma que cerca de 700 família moravam nas áreas, que houve confronto durante a ação, e que uma pessoa do acampamento chegou a ser baleada. A Polícia Federal, no entanto, nega o fato.

Em nota, o órgão informou que a desocupação ocorreu de maneira pacífica em todas as áreas, e que a Codevasf disponibilizou um ônibus para conduzir as pessoas para fora dos lotes.

Ação de reintegração de posse é deflagrada em lotes da Codevasf ocupados pelo MST na BA
Ação de reintegração de posse de lotes da Codevasf é deflagrada no norte da Bahia — Foto: Divulgação/PF

Segundo a Polícia Federal, a área que estava ocupada tem aproximadamente 1.727 mil hectares (19 lotes) e era conhecida como Acampamentos Irani I, Irani II e Abril Vermelho.

Conforme a Polícia Federal, o início da ocupação ocorreu em 2012, quando a área em questão já havia sido destinada ao projeto de irrigação Salitre.

No mesmo ano, a Codevasf entrou com uma ação judicial pedindo a reintegração de posse, contudo a reintegração só foi determinada em 2019.

A decisão foi expedida pela Justiça Federal de Juazeiro, que também determinou ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) o assentamento das pessoas que ocupavam irregularmente a área.

Em comunicado divulgado após a operação, o MST, afirma, no entanto, que as famílias ocupavam as terras desde 2007, mediante acordo entre o Governo Federal, o Governo Estadual, o Incra, Ouvidoria Agrária, a Codevasf e o Ministério Público.

Segundo o movimento, os acordos foram quebrados e as famílias estão sendo vítimas da truculência do estado.

Já a Codevasf informou, em nota, que a ocupação prejudicava o projeto de irrigação na região e que, com a reintegração, garantirá a normalização da operação e a preservação de cerca de 70 mil empregos diretos e indiretos.

A ação de reintegração nesta segunda contou com a participação do Comando de Operações Táticas (COT), Coordenação de Aviação Operacional (CAOP), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Militar, entre outros.

Fonte: G1

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