Abrasel busca diálogo com ministro da Fazenda para discutir mudanças no Perse

Abrasel busca diálogo com ministro da Fazenda para discutir mudanças no Perse
Abrasel busca diálogo com ministro da Fazenda para discutir mudanças no Perse. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A Abrasel, em ação conjunta com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal em 2023 para ampliar o alcance das empresas que poderiam ser beneficiadas pelo Programa de Retomada do Setor de Eventos (Perse).

A discussão revisitou com a publicação da MP nº 1.202 na última semana, que revoga os incentivos fiscais do Programa. Agora, a Abrasel está em conversa com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir a atual situação do setor e o quão afetado pode ser com a Medida Provisória.

Instituído por meio da Lei nº 14.148/2021, o Perse estabeleceu, dentre outras medidas para reduzir o impacto sofrido durante a pandemia da Covid-19, alíquota zero de tributos federais para as empresas do setor de eventos enquadradas no regime de lucro real e presumido, dentre elas, bares e restaurantes. Porém, só podem usufruir do Programa aquelas que estivessem inscritas no Cadastur até março de 2022.

“Entendemos a intenção do governo, mas as mudanças no Perse vão prejudicar fortemente o setor, que pagou uma conta injusta e desproporcional para o bem-estar coletivo durante a pandemia e segue tentando se recuperar. No ano passado já havíamos entrado com uma ação no STF pedindo a ampliação dos benefícios do Perse aos bares e restaurantes que não estavam no Cadastur até agosto de 2022″, diz Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.

“Agora, com a publicação da MP que pode revogar o benefício, a Abrasel vai procurar o ministro Haddad para apresentar a atual situação dos estabelecimentos e como esta medida pode afetá-los ainda mais. Estamos confiantes com a abertura dada pelo ministro para conversar conosco e vamos trabalhar para entender de que forma podemos equacionar”, finaliza Solmucci.

Pesquisa recente da Associação apontou que 57% das empresas do setor operaram sem fazer lucro, sendo que 23% realizaram prejuízo e 34% em equilíbrio. Além disso, 38% têm dívidas em atraso.

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