“Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.” (Mateus 6.10)
Por que oramos? Na maioria das vezes porque nos sentimos necessitados e queremos a ajuda de Deus. Por isso temos a tendência de orar mais em determinadas épocas que em outras. Isso acontece porque só percebemos um aspecto da oração: a possibilidade de apresentar a Deus nossos pedidos. Quanto mais pedidos, mais orações. Esquecemos que Deus nos ama, é bom e que Sua vontade para nossa vida será sempre melhor do que a nossa própria. Deveríamos orar mais motivados por conhecermos e nos submetermos à Sua vontade e não apenas motivados pela expectativa de ver nossas vontades realizadas.
“Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade”. É assim que Jesus disse que devemos orar: pedindo pelo Reino de Deus e para que a vontade dele seja feita. Ele mesmo orou e viveu por essa oração. No mais difícil momento Ele a fez e submeteu-se. Jamais conheceremos o conflito que Jesus conheceu, quando desejou algo que sabia ser contrário à vontade do Pai. Mas Ele confirmou sua oração: “seja feita a tua vontade”. Devemos aprender com nosso Mestre. Este é o caminho da maturidade espiritual. Nossa oração deve, sobretudo, nos ensinar a agir como Jesus.
Orar deve alimentar nossa submissão e obediência ao Pai. Devemos, ao orar, pedir que, pela ação do Espírito Santo, sejamos ajudados a obedecer mais e a nos submeter mais. A vontade de Deus, disse Paulo, é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2), mas em nossas orações falamos dela muito mais com uma atitude de resignação do que de confiança, como quem crê que ela é melhor. Na oração de Jesus ela vem antes, ela tem primazia. Que isso nos ensine. A vontade de Deus é melhor, incomparavelmente melhor que a nossa. Que não apenas a aceitemos. Que a desejemos e peçamos por ela.