“Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.” (Mateus 6.10)
Do começo ao final das Escrituras a vontade de Deus e a vontade humana estão em contato. Deus, por Sua vontade, criou todas as coisas e a nós, como seres livres e responsáveis. Por Sua vontade deu-nos o poder e domínio sobre o mundo criado. E, definitivamente, introduziu no universo esse encontro constante de Sua vontade, a vontade do Criador, com a nossa, a vontade do ser humano criado por Ele. Logo no início, usando nossa liberdade, não confiamos na vontade do Criador e o que a Bíblia chama de “pecado” entrou na história. Pecado é a contradição da vontade de Deus. Pecadores é o que nos tornamos – nossa vontade passou a imperar em nossas vidas, em contradição à vontade de Deus. O mundo todo está sujeito a essa condição. Todos pecaram (Rm 3.23).
Pela fé em Cristo somos reconciliados com Deus. Nosso pecado é perdoado. Nossa condição de transgressores da vontade divina é coberta pela graça. Deus se aproxima e nos envolve com Sua presença. Isso é chamado nas Escrituras de uma nova vida (2 Co 5.17). E tanto o Novo como o Antigo Testamento falam disso. No Antigo, referindo-se a um novo coração, sensível à vontade de Deus (Ez 36.26). No Novo, somos uma nova criação e somos guiados pelo Espírito (Rm 8.14). Mas a dinâmica permanece: o contato constante entre a nossa vontade e a vontade de Deus. Jesus afirmou que o que nutria sua vida era fazer a vontade do Pai (Jo 4.34) e disse também que “quem faz a vontade de meu Pai que está nos céus” é quem, de fato, tem aliança com Ele (Mt 12.50). Em Sua oração ensinada aos Seus discípulos, lá está a vontade de Deus. Agora como um pedido: que ela seja feita na terra como no céu.
Ser cristão, definitivamente, envolve a preocupação com a vontade de Deus. Ser cristão é sentir falta da realização da vontade divina. Na própria vida e no mundo. Ser cristão envolve orar pedindo que a vontade de Deus supere a vontade dos homens, inclusive a nossa própria. Mas, o que sabemos sobre a vontade Deus? O que você já sabe sobre a vontade de Deus? Qual o seu compromisso com ela? Talvez a nossa religiosidade tenha desgastado a vontade de Deus em nossas consciências, ao falar dela de modo banal, por conveniência ou como forma de manipular pessoas! Usando-a para explicar o que ela não se propõe a explicar. Tudo isso tem feito mal à nossa vida e à nossa fé. Mas ainda é na vontade de Deus que encontraremos vida. Por isso, ore, busque, submeta-se, arrependa-se e creia na vontade Deus. Que ela, mais e mais, prevaleça entre nós!