Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e
Deus nele.” (1 João 4.16)
Não é fácil para nós compreendermos o Evangelho de Cristo, o Reino de Deus ou a vida de discípulo que a fé cristã nos convida a desenvolver. Criamos muitos modelos, estruturas e formas. Temos cursos os mais variados que pretendem resolver definitivamente a questão. Mas a verdade é que continuamos confusos. Mas talvez alguém diga: “Alto lá”! Eu não estou! Já me encontrei e sei exatamente onde e como andar nessa jornada de fé e seguimento a Cristo!” Ou talvez diga: “Olhe para mim igreja e venha aprender conosco. Não somos perfeitos (sempre fica bem dizer isso!), mas nos sentimos guiados por Deus e verdadeiramente experimentamos a vida como Corpo de Cristo.” Amém. Que assim seja. Pois estamos precisando de pessoas e igrejas assim! Mas, olhando o cenário cristão brasileiro…
Digamos que o espírito dos bereanos nos inspire e, a exemplo da desconfiança característica do mineiro de raiz, queiramos examinar melhor a questão dos que se ofertam como modelos. Qual deveria ser o parâmetro? O amor. Deus é o amor. E se estamos andando com Ele e Ele conosco, o amor está prevalecendo em nossas relações, agenda e motivação para o serviço. Se estamos alinhados com o Evangelho de Cristo, o amor é central, dominante e seus efeitos aparecem em nossas atitudes. Revelamos humildade, superamos o preconceito, estamos dispostos a servir, perdoamos e pedimos perdão mais facilmente, enxergamos os aflitos, pobres e vulneráveis. E tantas outras coisas próprias de quem está em amor.
O tamanho de uma igreja e seu ritmo de crescimento não prova que estamos no caminho certo. Nossas habilidades religiosas e desenvoltura teológica ou eclesiástica não são marcas autenticadoras da fé cristã. O amor é. Por isso a comunhão com Deus sempre nos levará a um caminho de profundas mudanças, pois o amor é o ambiente da comunhão divina. Mudar não é uma experiência calma. Por isso estar em comunhão com Deus produzirá perplexidade e dúvidas, mas também maravilhamento, gratidão e alegria. Pois Deus é amor. É um amor que nos encontramos em comunhão com Deus. E o amor a Deus, a quem não vemos, só é concreto no amor ao próximo, a quem vemos. É somente do lado de dentro da fé cristã que poderemos ter noção do Evangelho, do Reino e da vida cristã. E o lado de dentro da fé cristã é o amor!
ucs